Não toque, é arte! Silvio de Abreu avaliou a nova fase das novelas da TV Globo e revelou que não é o maior fã dos remakes que a emissora vem fazendo. Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o autor de grandes obras como “Rainha da Sucata” (1990), “A Próxima Vítima” (1995) e “Belíssima” (2005) afirmou que tem não assisti os seriados do canal.
“Eu não assisto mais. E sou contra remakes, porque fiz um de ‘Batalha dos Sexos’ e foi uma porcaria. Não funcionou”ele disse. O romancista explicou que não acha fácil uma história de sucesso se repetir. “A novela não faz sucesso só pelo texto, mas pelo todo. São os atores, o período, a forma de dirigir, o momento em que é relevante, e que daqui a dois anos pode não ser”ele justificou.
Abreu também classificou a sua própria versão de “Guerra dos Sexos” como um “erro”. A obra original foi ao ar em 1983, e a releitura estreou em 2012. “Gostei tanto da novela que não quis mudar muita coisa. Foi um erro”ele apontou.
Ele acrescentou que muito do impacto de uma novela vem da resposta do público, que pode mudar o desenrolar da trama. “Quando você refaz, você perde esse processo. Foi isso que senti em ‘Guerra dos Sexos’. Se eu mudasse uma coisa, teria que mudar outras 30. E eu não queria mudar os outros. Depois restou uma coisa… Não me satisfez como trabalho nem satisfez o público.”ele lamentou.
Porém, quando questionado sobre o remake de “Vale Tudo“, que será escrito por Manuela Dias, destacou: “Se eu cometer um erro, não significa que todos cometerão um erro”. Abreu também garantiu que torce para que a novela conquiste o coração do público. “É uma novela que tem um bom enredo”ele afirmou.
Mesmo assim, o roteirista prefere que suas próprias histórias não sejam readaptadas: “Eu não gostaria, mas as novelas são da Globo, poderiam fazer isso sem mim”. Deixou a Globo em 2021 e foi contratado pela HBO para supervisionar novelas e séries produzidas em toda a América Latina. A parceria, porém, durou menos de dois anos: “Não me adaptei muito bem ao processo e resolvi sair”.

“Não vou dizer que estou aposentado, porque minha cabeça está sempre funcionando. Um dia tenho vontade e faço uma peça, um roteiro de filme.”ele comentou. Mas as novelas não devem voltar ao escopo de trabalho do autor de 81 anos. “É um sacrifício muito grande. Você precisa estar muito saudável. Não que não seja, mas já tenho uma certa idade. Não é só escrever. É cuidar daquele mundo de gente, daquele mundo de problemas que acontece durante uma novela. Um livro pode ser. Tenho muitas histórias para contar.”concluiu.
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