Listerine contestou um estudo que associava o enxaguatório bucal à base de álcool da marca a um risco aumentado de câncer de esôfago e colorretal. A empresa afirmou que a pesquisa apresenta problemas metodológicos e reforçou que não há evidências que confirmem a teoria.
A marca de saúde bucal afirmou que “estudos sobre o impacto do Listerine na saúde bucal foram publicados através de centenas de artigos documentados ao longo de mais de um século”, tornando-o “uma das marcas de enxaguatório bucal mais extensivamente estudadas no mundo”.
“É seguro quando usado conforme indicado no rótulo e não há evidências de que LISTERINE® cause câncer”, afirma a nota.
A marca refutou as acusações de que o enxaguatório bucal à base de álcool da marca aumenta o risco de câncer de esôfago e colorretal. A empresa observou que há falhas metodológicas na pesquisa, mas não indicou quais.
“Após uma análise científica minuciosa, descobrimos que o artigo apresenta diversos problemas metodológicos que tornam os resultados passíveis de questionamentos. As descobertas deste artigo não fornecem evidências de quaisquer efeitos adversos à saúde, carecendo de vários controles importantes de projeto e do rigor apropriado para tirar conclusões sobre o impacto potencial na saúde humana.”
Estudo diz que Listerine está ligado ao aumento do câncer
Pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, na Bélgica, afirmam ter descoberto que duas espécies de bactérias eram mais prevalentes após três meses de uso diário de Listerine Cool Mint.
Essas duas espécies de bactérias (Fusobacterium nucleatum e Streptococcus anginosus), associadas ao câncer do aparelho digestivo, foram encontradas em maior abundância na boca dos pacientes após o uso diário do enxaguatório bucal.
Além disso, os pesquisadores também observaram diminuição das actinobactérias, que contribuem para a regulação da pressão arterial.
A pesquisa, realizada com 59 pacientes, envolveu alguns deles usando Listerine Cool Mint (que contém álcool) diariamente, seguido de três meses de uso de outro enxaguatório bucal com placebo. A outra parte seguiu o caminho oposto.
O resultado foi a descoberta de maior concentração de bactérias causadoras de câncer de esôfago e colorretal em pacientes durante o período de uso de Listerine com álcool.
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