O luto é um conjunto de reações e sentimentos que o ser humano vivencia após perder alguém, seja por morte, mudança ou fim de um relacionamento. Mas esse é apenas um lado da moeda, o lado de quem fica. Você já parou para pensar no que passa pela cabeça de quem sabe que vai partir? Ou como funciona a lógica do luto para essas pessoas? A psicologia pode fornecer algumas respostas.
O assunto foi tema do 7º episódio do podcast A Coisa + Aleatória. Nele, as apresentadoras Marta Gomes e Bianka Any Garcia receberam a psicóloga Fabíola Langaro, que atua na área de cuidados paliativos há 13 anos. No episódio, eles falam sobre as possibilidades de cuidado em saúde mental diante de doenças graves e da própria morte.
Outros temas levantados no episódio foram questões sobre a morte e também o que fazemos da vida.
Fabíola Langaro é psicóloga existencial-sartreana, especializada em psicologia hospitalar e cuidados paliativos e autora do clássico “Salve o velho!”, artigo amplamente estudado na academia de psicologia de todo o mundo.
Bianka diz no artigo que o paciente dá um novo sentido à vida, iniciando o processo paliativo com uma intenção única e clara: morrer logo. Mas com as viradas de chave que Fabíola faz, o paciente acaba se apaixonando novamente pela vida, chegando a um ponto em que não deseja mais a morte, mesmo sendo confirmada pelos médicos.
Fabíola falou sobre como funcionam os cuidados paliativos desde o diagnóstico até o post-mortem do paciente.
“Os cuidados paliativos são cuidados ativos com uma ampla equipe para pacientes que adoecem gravemente a ponto de terem suas vidas ameaçadas. A ideia é acompanhar pacientes e familiares desde o diagnóstico até a morte e acompanhar também o luto dos familiares após a perda”, disse ela.
O que passa pela cabeça de quem sabe que vai morrer?
Fabíola também explica detalhadamente os sentimentos e a visão de mundo que os pacientes com grande chance de morte têm após o diagnóstico.
“A perspectiva de morte para aquele paciente é diferente, não é algo mais abstrato ou uma teoria como muitas vezes nos parece. É algo muito mais concreto para a vida dele. Isso tem a ver com o que eles vinham fazendo e construindo até então, nosso trabalho é pensar no que faremos daqui para frente”, comentou.
Encorajar a vida mesmo diante de algumas adversidades pode ser a chave para últimos dias pacíficos. “A morte dá essa sensação de impotência, é importante entender que a morte é um fato e um acontecimento, mas até que esse acontecimento aconteça ainda temos vida e muita vida para viver”, disse Fabíola.
“A morte não nos tira a capacidade de fazer escolhas, temos escolhas a fazer até ao dia em que realmente morrermos”, acrescentou.
Acompanhar o luto da família também é essencial
Mais do que o psicólogo e até mesmo o paciente, a família tem um dever importante no período de acolhimento e cuidado.
“É muito comum os familiares interpretarem que, num caso em que os tratamentos médicos não podem mais ser eficazes, tudo acabou e não há mais o que fazer, e isso é completamente errado. Essa é a pior resposta que alguém pode ter da família nesse período”, disse Fabíola.
Diante disso, o acompanhamento aliado aos cuidados paliativos é de extrema importância para a saúde mental do paciente e da própria família, para garantir que cada um tenha uma visão diferente de todo o processo de luto.
Uma coisa + podcast aleatório
O novo podcast do Grupo ND traz a apresentadora do SC Marta Gomes para discutir temas sobre psicologia e psicanálise. Com convidados diversos, ambiente descontraído e muita alegria, o programa vai ao ar a cada 15 dias e está disponível no Spotify e no ND Play.
A produção do podcast A Coisa + Aleatória é realizada pelo Centro de Projetos Multimídia do Grupo ND, que trabalha com inovação e criação de novos produtos em jornalismo.
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