Municípios banhados pelo Rio Paraopeba e impactados pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro de 2019, deverão começar a receber, em cerca de quatro meses, mosquitos geneticamente modificados para controle de arboviroses como dengue, zika e chikungunya. A iniciativa, conhecida como método Wolbachia, será implementada na região por meio de parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre janeiro de 2025 e dezembro de 2029.
Segundo o líder de Relações Institucionais e Governamentais do Programa Mundial de Mosquitos no Brasil, Karlos Diogo de Melo, a proposta é liberar mosquitos com a bactéria Wolbachia para que eles possam se reproduzir com o Aedes aegyptis local, formando uma nova população de mosquitos não transmissores. insetos. arbovírus. A iniciativa também surge como uma compensação pelos danos sociais e ambientais causados pelo rompimento da barragem da mineradora Vale.
Segundo a bióloga, o método Wolbachia reduziu os casos de dengue em 77% na Indonésia, 96% na Austrália, 86% no Vietnã e 95% na Colômbia. No Brasil, a iniciativa já foi implementada em Niterói (RJ), onde os casos de dengue caíram 69%. A cidade também registrou queda de 60% nos casos de chikunhunya e de 37% nos casos de zika. “E esses são resultados quando ainda tínhamos apenas 75% do município com Wolbachia”, explicou.
Ao participar da 26ª Jornada Nacional de Imunização, no Recife, Melo lembrou que Petrolina, em Pernambuco, também foi projeto piloto do método Wolbachia no Brasil. A diferença é que a proposta ali não era liberar mosquitos geneticamente modificados, mas distribuir ovos contaminados com a bactéria. Neste caso, como não há um estabelecimento uniforme da população de novos mosquitos, não é possível mensurar com precisão a redução das doenças. “Mas consideramos que temos cobertura suficiente para fornecer proteção.”
A bióloga destaca que o método Wolbachia, apesar de promissor, deve ser considerado pelos governos estaduais e municipais como uma estratégia complementar no combate às arboviroses e não como única arma contra o Aedes.
“Ainda precisamos de uma vacina e de todos nós fazendo a nossa parte. Se não cuidarmos da nossa casa, se o vizinho não cuidar da casa dele, se o governo não cuidar, não vamos conseguir”, concluiu. Segundo Meloe, mais de 80 cidades já demonstraram interesse em parcerias.
*O repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
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