Com apenas quatro anos, uma menina de Três Barras, no Planalto Norte de Santa Catarina, teve a perna amputada após supostamente receber uma injeção incorreta. Agora, o pai da menina se emociona ao dizer o que ela mais deseja: “uma perninha bem macia (sic) da mesma cor da minha pele.”
“Uma menina que não tinha nada, sua saúde era perfeita. Até hoje ainda não acreditamos”, diz o pai, que prefere não se identificar para proteger a criança.
Ela está internada há 16 dias na UTI do Hospital Materno Infantil Dr Jeser Amarante Faria, em Joinville, Norte de Santa Catarina. Ela foi levada para a cidade em estado grave e sofreu duas paradas cardíacas ainda dentro da ambulância.
Ainda não há previsão de alta, mas a menina está se recuperando bem após as seis cirurgias que teve que passar, segundo a família. “Ela mesma está nos dando força, na sua capacidade de recuperação”, diz o pai.
“Temos longos dias pela frente, mas graças a Deus ela está reagindo bem, está firme, está forte. Ela mesma está nos dando força”, afirma o pai.
‘Quero uma perninha’: pedido emociona família
O pai conta que a menina, apesar de muito nova, já entende toda a situação. Durante uma conversa, a criança surpreendeu e levou o pai às lágrimas. “Ela disse: ‘Papai, eu quero uma perninha. Mas eu não quero uma perna dura, quero uma perna bem macia (sic) da mesma cor da minha pele. Ontem chorei muito com ela lá [no hospital].’”
O pai afirma que a família terá dificuldades para comprar a prótese para a menina, que precisará ser trocada anualmente para acompanhar o crescimento de todo o seu corpo. “Os sonhos que a gente tinha acabaram aqui, o sonho agora é dar uma perninha para ela”, declara o pai.
Família precisa de ajuda
“Joinville é uma cidade que tem muita gente maravilhosa e de coração enorme, tem muitos empresários, sabe, porque a gente não tem condições. Vamos ver se conseguimos, principalmente, a perninha mecânica para ela”, diz o pai.
Embora o objetivo principal seja a prótese, a família precisará adaptar toda a casa às novas necessidades da filha, além de adquirir uma cadeira de rodas que deverá ser ajustada conforme indicação médica.
Os pais estão atualmente desempregados e pedem ajuda para cobrir despesas durante o período de internação, compra da prótese e também para comprar alimentos para a família.
Amigos e familiares criaram duas campanhas online de arrecadação de fundos. As doações podem ser feitas via Pix, utilizando as chaves: melissaluara11@gmail.com ou 096.892.999-05, em nome de Veridiane Aparecida Alves de Lima.
Relembre o caso que levou à amputação da perna da criança
Segundo a família da criança, a menina acordou com dor de garganta no dia 30 de agosto e, após diversas reclamações, a mãe a levou ao posto de saúde de São João dos Cavalheiros. No local, o médico que atendeu a menina receitou uma dose de antibiótico injetável, que foi administrada por uma enfermeira.
Pouco depois, em casa, o estado da menina piorou e surgiram manchas roxas na perna. De volta ao posto de saúde, o médico sugeriu que se tratava de uma reação alérgica. Porém, ao chegar no final do dia, seu pai percebeu que o quadro havia piorado e a família decidiu levá-la ao Pronto Atendimento de Três Barras.
O médico que a examinou classificou o caso como “alergia simples” e receitou medicamentos antialérgicos. Mesmo depois de voltar para casa, a menina continuou sentindo dores intensas e a escuridão nas pernas só piorou.
No sábado (31), os pais retornaram ao Pronto Atendimento da cidade, onde foram atendidos por um novo médico. Ao perceber a gravidade do caso, o profissional encaminhou a menina com urgência ao Hospital Infantil de Joinville.
Ao chegar à unidade, uma tomografia computadorizada revelou que a circulação na perna estava gravemente comprometida e que o coração, os rins e o fígado também estavam em colapso. Segundo a família, os médicos suspeitavam que a injeção tivesse sido aplicada na veia ou artéria femoral. A criança foi imediatamente levada para a sala de cirurgia.
Ainda no sábado, ele passou pela primeira de uma série de cirurgias. No domingo, 1º de setembro, após tentativas infrutíferas de salvar a perna da menina, os médicos não tiveram escolha senão realizar uma amputação até a virilha.
Segundo a família, após o tratamento médico, o hospital deverá fornecer um relatório detalhado sobre as possíveis causas da alergia que levou à amputação. O parecer ajudará a família nos próximos passos.
“Peço de coração, mesmo que todas as pessoas [que rezam pela menina] Deus dê em dobro, o que é muito difícil para nós, mas vamos enfrentar junto com ela”, afirma o pai.
MPSC investiga caso
O Ministério Público de Santa Catarina vai investigar possível negligência médica no atendimento à menina no Pronto Atendimento de Três Barras.
Segundo o MPSC, a 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas iniciou Notificação de Fato para apurar o caso. A promotora Ana Maria Horn Vieira Carvalho determinou o envio de ofício à Secretaria de Saúde de Três Barras para obter informações detalhadas sobre o atendimento médico prestado à criança. A Secretaria teve cinco dias para responder.
Segundo o promotor, Ministério Público busca esclarecer os motivos que levaram à amputação, inclusive verificando a posologia e aplicação do medicamento. A investigação procura garantir a responsabilização adequada e a prevenção de futuros incidentes semelhantes.
Em nota, a prefeitura de Três Barras informou nesta terça-feira (10) ao ND Mais que os fatos estão sendo apurados, mas que emitirá nota oficial sobre o caso assim que a apuração técnica do ocorrido for concluída.
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