Este sábado (10) completa uma semana da morte do fisiculturista Antônio Souza, de 26 anos. Ele sofreu uma parada cardíaca causada por desidratação e morreu no último sábado (3), após uma competição em Santa Catarina. Segundo a família, o quadro foi causado pelo consumo de substâncias diuréticas.
Natural do Amazonas, Antônio morou em Manaus e viajou para Santa Catarina para participar do Navega Open, competição de fisiculturismo que aconteceu em Navegantes, no Litoral Norte.
Segundo a esposa, o atleta ficou muito desidratado após tomar diuréticos para aumentar a eliminação de líquidos e ‘secar’ o corpo. O excesso da substância causou sobrecarga nos rins de Souza, o que o fez passar mal e falecer após a competição.
Desidratação por diuréticos: entenda as consequências para a saúde
Os diuréticos são substâncias capazes de aumentar a produção de urina, acelerando a eliminação de água pelos rins. A endocrinologista e metabologista Camila Spivakoski explica a finalidade dos diuréticos.
“Em geral, a indicação fica restrita ao tratamento de hipertensão e doenças que levam ao acúmulo de líquidos no organismo, como insuficiência cardíaca, doenças hepáticas e renais”, afirma.
Família afirma que fisiculturista estava muito desidratado por causa dos diuréticos – Foto: Reprodução/Instagram/ND“Na musculação, muitos atletas acabam utilizando diuréticos de forma abusiva para reduzir significativamente o peso, principalmente nas vésperas das competições, facilitando o acesso ao peso estabelecido nas categorias e para melhorar a definição muscular”, explica o médico.
Segundo a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, para os atletas, entre as principais consequências do consumo está a predisposição a lesões por alterações metabólicas de cálcio e sódio.
A especialista alerta que o uso abusivo de diuréticos pode desencadear um desequilíbrio no organismo devido à perda de ambos os eletrólitos.
“Além disso, se houver desidratação intensa, pode afetar a capacidade do coração de bombear o sangue devido à redução significativa do volume sanguíneo, com queda da pressão arterial e risco de parada cardíaca e morte” – alerta Camila Spivakoski, endocrinologista e metabologista .
Para evitar consequências para a saúde ou até mesmo a morte, o médico orienta que as pessoas sempre procurem atendimento de um especialista antes de usar qualquer substância.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, a SPFF (Promotores Desportivos Fisiculturismo e Fitness), responsável pelo evento, manifestou solidariedade com a morte do atleta.
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