O Dia Mundial do Colesterol, comemorado em 8 de agosto, traz um alerta sobre a importância da conscientização e prevenção da substância que, em altas doses no sangue, pode causar doenças cardiovasculares. Muitos ainda acreditam em mitos sobre o assunto; Por isso, esclarecemos as verdades neste conteúdo.
Segundo dados do Ministério da Saúdeem 2023, quatro em cada dez adultos brasileiros apresentavam nível de colesterol alterado, enquanto em 2022 as estatísticas mostravam que 40% da população apresentava nível de colesterol elevado.
O colesterol desempenha funções importantes no organismo, sendo fundamental para o bom funcionamento do organismo, como coração, intestino, músculos, pele, fígado, nervos e cérebro.
Atua na digestão e na formação de hormônios e vitaminas. Portanto, sua ingestão deve ser controlada, para que os níveis de colesterol no sangue fiquem equilibrados.
Embora muitas pessoas conheçam o termo, é necessário desmistificar informações sobre o colesterol e obter orientações corretas para manter uma boa saúde.
O que é colesterol?
O colesterol é um tipo de gordura encontrada naturalmente no corpo humano, sendo responsável pela formação de células, produção de hormônios e formação de ácidos biliares que auxiliam na digestão de gorduras, por exemplo.
Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo fígado e 30% é adquirido através da alimentação – variando dependendo da dieta do indivíduo.
E é dessa divisão que surgem os dois tipos de colesterol, conhecidos como “bom” ou “ruim”.
Tipos de colesterol
Por ser um tipo de gordura, o colesterol precisa se ligar a uma proteína para ser transportado no sangue, formando assim o LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade) e o HDL (Lipoproteína de Alta Densidade).
O HDL é chamado de “bom” porque transporta o colesterol dos tecidos do corpo até o fígado, sendo assim eliminado do corpo através da bile, facilitando a limpeza das artérias.
O LDL é conhecido como “ruim” porque faz o oposto do HDL. Ou seja, leva o colesterol do fígado aos tecidos e facilita seu acúmulo nas artérias do corpo.
O nível deve permanecer sempre baixo, pois esse acúmulo pode causar obstrução de vasos e consequentemente doenças cardiovasculares como Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (Acidente Vascular Cerebral).
É preciso estar atento aos mitos sobre o colesterol – Foto: PixabayMitos e verdades sobre o colesterol
Todo colesterol é ruim: mentira!
O colesterol HDL é essencial para várias funções importantes do corpo. Por exemplo, é um componente crucial das membranas celulares, ajudando a manter a integridade e fluidez celular. Sem colesterol, eles não poderiam funcionar adequadamente.
O colesterol alto pode ser perigoso: verdadeiro!
O excesso de colesterol LDL é prejudicial, pois pode acumular-se nas paredes das artérias, formando placas. Essas placas consistem em colesterol, gorduras e outras substâncias que, com o tempo, podem endurecer e estreitar as artérias, um processo denominado aterosclerose.
A aterosclerose dificulta o fluxo sanguíneo do corpo, limitando o fornecimento de oxigênio e nutrientes aos órgãos e tecidos.
Apenas os idosos devem se preocupar com o colesterol: mito!
A preocupação com o colesterol não se limita apenas aos idosos, embora o risco seja maior para pessoas com mais de 60 anos.
O Ministério da Saúde afirma que o exame para medir o colesterol deve ser realizado a partir dos dois anos de idade, pois “as crianças podem sim ter colesterol elevado, principalmente quando há fatores de risco como uso de medicamentos, histórico familiar, doenças inflamatórias crônicas, doença renal crônica, entre outras”.
Além disso, como a alimentação é um dos principais fatores que contribuem para níveis adequados de colesterol no sangue, qualquer pessoa pode estar propensa ao descontrole.
A preocupação com o colesterol não deve ficar restrita aos idosos – Foto: Getty Images/NDDieta e exercícios podem controlar o colesterol: verdadeiro!
Dieta e exercícios são essenciais para controlar e manter os níveis de colesterol dentro da faixa adequada.
É importante manter um estilo de vida saudável e investir em uma dieta ou reeducação nutricional. Mantenha o consumo moderado de carnes vermelhas, gorduras trans, frituras e alimentos ultraprocessados.
A atividade física deve ser regular, pelo menos 150 minutos por semana para melhorar os níveis de colesterol bom, indica o Ministério da Saúde.
“Uma mudança no estilo de vida com alimentação adequada e atividade física regular pode reduzir os níveis de colesterol em 10% a 15%”, acrescenta documento do setor governamental.
Evite todos os alimentos com colesterol: verdadeiro!
“Os alimentos que mais contêm gorduras trans e saturadas são o leite e seus derivados, carnes bovinas gordurosas, alimentos industrializados e industrializados como sorvetes, salgadinhos, margarina e salame”, alerta o Ministério da Saúde.
Por isso, é recomendado que o consumo desses alimentos seja reduzido e substituído por outros que aumentem o colesterol “bom”, como azeite, oleaginosas, carne de peixe, etc.
A má alimentação pode ser um dos fatores para o colesterol ruim elevado – Foto: Getty Images/NDA genética influencia os níveis de colesterol: verdadeiro!
O aumento do colesterol LDL pode ter origem genética. Nesse caso, o tratamento consiste em orientações sobre comportamentos saudáveis e acompanhamento médico.
Apenas risco cardíaco ou afeta outras partes do corpo?
O colesterol pode obstruir artérias e causar doenças cardiovasculares – Foto: Getty Images/NDO colesterol elevado está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares, mas também é importante destacar o risco de problemas vasculares.
Os rins também podem ser afetados, causando doença arterial renal, caracterizada pela redução do fluxo sanguíneo para o órgão.
Estudos também afirmam que, ao afetar os vasos sanguíneos de todo o corpo, contribui para a disfunção erétil nos homens.
Como monitorar e controlar os níveis de colesterol?
O acompanhamento é feito por meio de consultas e exames. O paciente recebe acompanhamento adequado para o tratamento do colesterol elevado e assim reduz o risco de eventos cardiovasculares e mortalidade.
O tratamento envolve medicamentos que reduzem os níveis de colesterol, atividade física regular e uma dieta adequada.
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