A Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia) confirmou duas mortes por Febre Oropouche na Bahia, até o momento, as primeiras registradas no Brasil. Santa Catarina analisa suspeita de morte pela doença.
Febre Oropouche: Brasil confirma as primeiras mortes pela doença
Segundo a Sesab, a primeira confirmação foi de uma mulher de 21 anos, sem comorbidades, que faleceu no dia 27 de março. Ela morava no município baiano de Valença.
A segunda vítima, também mulher, tinha 24 anos, sem comorbidades, morava em Camamu, mas faleceu no município de Itabuna no dia 10 de maio.
O ministério também afirmou que os pacientes que morreram de febre Oropouche inicialmente apresentavam:
- Febre, dor de cabeça, dor retro-orbital (na parte mais profunda do olho), dores musculares, náuseas, vômitos, diarreia, dores nos membros inferiores e fraqueza.
As duas mulheres evoluíram para sinais considerados graves, como:
- Manchas vermelhas e roxas no corpo, sangramento nasal, gengival e vaginal, sonolência e vômito com hipotensão e queda repentina de hemoglobina e plaquetas no sangue.
SC confirma investigação de morte por Febre Oropouche
Santa Catarina confirmou nesta segunda-feira (22) a investigação sobre a suspeita do primeiro caso de morte por Febre Oropouche. O registro foi identificado no Paraná e o paciente faleceu em abril deste ano.
Segundo a Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), no total, Santa Catarina tem 140 casos confirmados e os municípios com maior número são:
- Luiz Alves – 65 casos
- Botuverá – 35 casos
- Blumenau – 9 casos
Este ano, no Brasil, foram registrados 7.117 casos da doença em 16 estados, segundo o Ministério da Saúde. No ano passado foram 832 casos.
Sintomas
Analgésicos e antipiréticos comuns podem ser prescritos para aliviar os sintomas da Febre Oropouche, semelhantes aos da dengue e Chikungunya:
- Dor de cabeça;
- Dor muscular;
- Dor nas articulações;
- Náusea;
- Diarréia.
Ainda segundo o MS, a maioria dos casos no Brasil foi registrada em pacientes com idade entre 20 e 29 anos. Também houve casos nas faixas etárias de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 10 a 19 anos.
Transmissão de doenças
A transmissão da Febre Oropouche não ocorre pela picada do Aedes aegypti (que transmite a dengue), mas sim por meio de outros mosquitos, principalmente o Culicoides paraensis, conhecido como maruim.
Proliferam principalmente durante períodos de calor em ambientes úmidos, como em áreas próximas a manguezais, lagos, pântanos e rios.
Segundo o Ministério da Saúde, a Febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus. Não existe tratamento específico, mas o paciente deve permanecer em repouso e receber acompanhamento médico.
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