Imagine ser parado em uma parada de trânsito e ser surpreendido com o teste do bafômetro positivo após consumir apenas pão fatiado. Uma análise recente realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, conhecida como Proteste, revelou que algumas marcas populares no Brasil contêm teor alcoólico suficiente para que isso aconteça.
A pesquisa mostrou que duas fatias de pão fatiado de três marcas podem conter teor alcoólico suficiente para serem detectadas em um teste de bafômetro. Segundo a análise, as marcas Visconti, Bauducco e Wickbold 5 zeros apresentaram teores alcoólicos que podem aparecer no teste.
Além destas, também foram analisadas as marcas Wickbold Gluten Free, Wickbold Leve, Panco, Seven Boys, Wickbold, Plusvita e Pullman. Porém, apenas Plusvita e Pullman tiveram resultados satisfatórios e passaram em todos os testes de teor alcoólico.
Mas, além do pão fatiado, você sabia que outros alimentos e produtos do nosso dia a dia também podem ter teor alcoólico e exigir sua atenção?
Por que existe álcool no pão fatiado?

Segundo a nutricionista Camila Thessing, a fermentação alcoólica ocorre naturalmente na produção de pães, mas geralmente o etanol é eliminado no forno. O problema, segundo o especialista, é a presença de alguns conservantes. “Atualmente, algumas empresas utilizam substâncias antimofo que contêm etanol para aumentar o prazo de validade, devido à diluição dos componentes em álcool. Dependendo da quantidade utilizada no pão, podem ultrapassar o permitido de 0,05% e ser detectados no teste do bafômetro”, explicou.
Outros alimentos que podem conter álcool
Kombuchá e Kefir

Kombuchá e kefir são bebidas fermentadas que ganharam popularidade por seus benefícios à saúde.
O Kombuchá é feito pela fermentação de chá adoçado com uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras (SCOBY), enquanto o kefir é produzido pela fermentação de leite ou água com grãos de kefir, que contêm uma mistura de bactérias e leveduras.
Porém, segundo a nutricionista Camila Thessing, “o kombuchá e o kefir só passam a ser preocupantes quando o preparo é feito com excesso de fermento e açúcares, resultando em uma quantidade mais significativa de etanol, ultrapassando o limite legal de 0,05% para produtos não alcoólicos”. , destacou.
Banana madura, suco de frutas e vinagre de maçã

Ainda segundo Thesing, geralmente frutas como banana madura, ou sucos como maçã, laranja e vinagre, não contêm quantidades significativas que possam causar risco. “Mas preste sempre atenção ao tempo em que esses produtos ficam armazenados e fermentando naturalmente”, destacou.
Quanto álcool nesses alimentos pode afetar o teste do bafômetro?
A quantidade de álcool presente em alguns alimentos pode ser surpreendentemente alta, a ponto de impactar no teste do bafômetro. Segundo a nutricionista Camila Thessing, “algumas marcas de pães atingiram mais de 3% de álcool, ultrapassando o limite permitido de 0,005mg/L”, afirmou.
No caso de bebidas fermentadas como kefir e kombuchá, dependendo da quantidade de fermento e açúcar, o teor alcoólico pode chegar a 1,15% ou mais. Além disso, os sucos de uva, dependendo do tempo de fermentação, podem conter aproximadamente 0,8% de álcool. “Embora não existam estudos que estabeleçam um valor de consumo seguro, o Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere limite de 30g de álcool”, destacou a nutricionista.
Riscos de consumir regularmente alimentos com álcool

O consumo regular de alimentos que contenham quantidades detectáveis de álcool em sua composição pode trazer efeitos negativos à saúde, mesmo em pequenas quantidades. Segundo Thessing, “consumir regularmente alimentos que contenham quantidades detectáveis de álcool em sua composição, devido à sua fermentação, pode gerar alguns efeitos à saúde, como associações com doenças hepáticas, riscos cardiovasculares e aumento dos riscos de diversos tipos de câncer”. Este alerta reforça a importância de manter uma alimentação variada e equilibrada.
Grupos sensíveis, como pessoas em recuperação da dependência do álcool, devem abster-se completamente de consumir alimentos que contenham álcool, mesmo em pequenas quantidades, pois podem desencadear gatilhos que levam à recaída. “O ideal é evitar produtos que fermentam por muito tempo e manter uma boa variedade de alimentos na dieta, de acordo com orientação médica ou nutricional”, aconselha Thessing.
As grávidas também devem ter cautela, evitando o consumo de kefir e kombuchá, pois essas bebidas contêm bactérias que podem reagir com outros microrganismos, representando um potencial risco à saúde. Em suma, a conscientização sobre os alimentos fermentados e a orientação nutricional adequada são essenciais para minimizar os riscos associados ao consumo de álcool na alimentação.
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