Santa Catarina foi o estado que mais realizou cirurgias eletivas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No total, foram quase 70 mil procedimentos eletivos entre fevereiro e abril deste ano. Uma delas foi a cirurgia de Eduardo Schutz de Souza, que aguardava há 12 anos o procedimento de correção da escoliose.
Segundo o Ministério da Saúde, foram realizadas 69.306 cirurgias eletivas entre os meses de fevereiro e abril em Santa Catarina, o que colocou o estado em primeiro lugar no Brasil não só em números proporcionais, mas também em números absolutos. Em segundo lugar ficou São Paulo, que realizou 46.128 mil cirurgias eletivas, e em terceiro lugar Minas Gerais, que realizou 25.187 mil procedimentos.
Eduardo conta que sua coluna começou a “dobrar” aos 14 anos. A cirurgia de artrodese (fusão), que corrige a escoliose, foi indicada pelo médico quando o morador de São José tinha 19 anos. Nessa idade, ingressou na maior lista de espera de ortopedia do estado, a mais longa entre as cirurgias eletivas.
Aos 31 anos, Eduardo foi submetido ao procedimento no dia 3 de fevereiro deste ano, no Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes, em Brusque.
“Eu estava esperando na fila há mais de 10 anos e, sinceramente, recentemente até perdi as esperanças. Eu estava até pensando em fazer um plano de saúde ou um seguro privado para ver se isso resolveria minha situação. Antes da cirurgia minha curvatura superior chegava a 72 graus, já tinha uma giba bem visível”, lembra.
A ligação veio no final de janeiro.
“Me ligaram dizendo: ‘Vai ter vaga para o dia 3 de fevereiro para fazer uma cirurgia de correção de escoliose. Você está interessado?’. Concordei imediatamente porque era um negócio pelo qual estava muito ansiosa”, diz ela.
A primeira cirurgia durou oito horas. Após uma complicação, Eduardo teve que ir para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde ficou internado até o dia 11 de fevereiro, quando retornou à mesa cirúrgica para finalizar o procedimento, considerado de alta complexidade.
“28 parafusos, 4 hastes e 2 ganchos coloquei na coluna. Cresci até 5cm, tinha 1,71, agora tenho 1,76”, conta. “Antes eu sentia dores, esporadicamente. Já se passaram quatro meses desde que fiz a cirurgia, mas não sinto mais dor. Ainda há toda a recuperação, não só estética, mas garantiu a qualidade de vida na minha velhice”, afirmou.
Cirurgia para resolver língua presa fez Gabriel perder medo de falar
Gabriel, de 7 anos, nasceu com frênulo lingual ou a chamada língua presa. A condição fez com que o menino tivesse dificuldade para falar e atraso no aprendizado. Há dois anos, a família foi encaminhada para cirurgia pela rede pública. Na semana passada, a criança foi submetida ao procedimento no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis.
As expectativas do menino após a cirurgia são as melhores possíveis: conseguir desenvolver plenamente sua fala, estudar, participar ativamente das aulas e não ter mais medo de se expressar, como relata o próprio Gabriel.
“Toda terça tenho aula de informática, onde todo mundo tem que ler uma parte do texto, e eu disse que não queria ler, porque tinha medo de errar”, revela.
Cleber Fernando Tiezerini, avô de Gabriel, lembra como o ceceio afetou o desenvolvimento do neto.
“Procuramos ajuda especializada, pois o desenvolvimento dele também dependia da fala, influenciando no seu aprendizado. Sua dificuldade era grande no seu dia a dia, sofrendo bullying na escola e sendo criticado pelos professores. Felizmente, a vida do pequeno mudou desde que ele fez a cirurgia.”
O que Santa Catarina fez para alcançar o 1º lugar em cirurgias eletivas
As quase 70 mil cirurgias eletivas realizadas entre fevereiro e abril foram realizadas por meio do PNRF (Programa Nacional de Redução de Filas). O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, detalhou as ações do governo do Estado que colocou Santa Catarina em 1º lugar no Brasil.
“Desde o início do nosso governo, o governador deu ordem expressa para a gente colocar o dedo na berlinda e ir atrás dos pacientes mais velhos, mas também trabalhar para que os pacientes que estavam entrando na fila tivessem um tempo mais adequado para fazer o seu trabalho . cirurgia”, explica.
De acordo com Secretaria de Estado de SaúdeDeverão ser investidos R$ 670 milhões em cirurgias eletivas neste ano, mais que o dobro dos repasses de 2022, que foram de R$ 336 milhões.
Demarchi, que substituiu a deputada Carmen Zanotto no comando do departamento em junho, explica que em dezembro de 2023, quando ainda era vice-secretário de saúde, foram lançados dois programas que aumentaram o número de cirurgias eletivas realizadas em Santa Catarina: o Programa de Valorização da Saúde Hospitais e Santa Catarina Tabela de cirurgias eletivas.
A tabela significa que os hospitais serão pagos com valores de acordo com cada procedimento, considerando a defasagem na tabela do SUS. Esses ajustes destinam-se principalmente a procedimentos ortopédicos de alta complexidade. Na oncologia, a garantia de início do tratamento dos pacientes foi definida em 60 dias e o reajuste valeu para procedimentos de média complexidade em urologia e otorrinolaringologia.
Além disso, o secretário de saúde reforçou que o Estado passou a realizar mais cirurgias eletivas em hospitais da rede própria, fez convênio com seis hospitais privados de Santa Catarina para a realização de procedimentos pelo SUS e obteve autorização estadual para que hospitais realizem determinados procedimentos — de ortopedia, cardiologia e trombectomia mecânica, por exemplo —o que agiliza a fila.
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