O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, nesta sexta-feira (28), que a dívida pública de Minas Gerais, atualmente avaliada em R$ 170 bilhões, fez com que o mandato do ex-governador petista, Fernando Pimentel (2015-2019) um “fracasso”.
Segundo o chefe do Executivo, o atual governador, Romeu Zema (Novo), está se aproveitando de liminar concedida ao petista para não pagar o valor devido à União Federal.
— A dívida mineira levou Pimentel a ser um governante que teve um grande fracasso porque teve que pagar uma dívida e quando ganhou a causa no final do mandato, Zema aproveitou-se disso porque Pimentel ficou quatro anos sem pagar funcionário público, fornecedores, porque o governo federal teve que pagar. Quando a ministra Rosa Weber emitiu a liminar, Pimentel não foi beneficiado por ela, quem se beneficia de Zema que não paga a dívida há seis anos, que equivale a R$ 170 bilhões de reais — disse Lula em entrevista ao programa ‘Café com Política ‘, de ‘FM O Tempo’.
A liminar mencionada pelo presidente expira no próximo dia 13, após duas prorrogações obtidas pelo governo de Minas Gerais somente neste ano. Em seguida, Lula respondeu a um discurso do vice-governador, Mateus Simões (Novo), que disse em vídeo nas redes sociais que não teve oportunidade de conversar com o presidente.
— Falei com o deputado, ele sentou na mesma fileira de cadeiras que eu cheguei. Falei com ele na chegada e na saída e até procurei ele para avisar ao governador que estamos cuidando da dívida. Obviamente gostaria que os governadores estivessem presentes. Nunca deixei de convidar o governador. Eu respeito ir ou não ir. Mas por que é importante estar presente? É uma demonstração para a sociedade de que essas pessoas estão tentando resolver os problemas deste país.
Sem citar nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula voltou a criticar seu antecessor:
— O que fizemos em um ano em Minas Gerais para consertar estradas danificadas foi quatro vezes mais do que no governo passado porque no governo passado foi só besteira, só insultos, fake news, insultos, insultos. Ele ofendeu as mulheres com palavrões, a Suprema Corte, a esposa de Macron.
A entrevista acontece durante a visita de Lula a Minas Gerais. O presidente chegou ao estado nesta quinta-feira, quando foi recebido pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) e tinha agenda em Contagem.
Nesta sexta-feira, ele fará comunicados sobre saúde e educação em Belo Horizonte e, à tarde, estará em Juiz de Fora. Os eventos acontecem sem a presença do governador, Romeu Zema (Novo), que recusou o convite do governo federal por estar no Norte do estado.
Tensão em BH
Lula está em Minas Gerais em meio ao desconforto da corrida eleitoral, em que o prefeito Fuad é pré-candidato à reeleição e disputa o apoio do presidente com nomes da esquerda —deputados federais Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT) ).
Entre os três, apenas Rogério Correia acompanha Lula na agenda. Apesar de ter recebido o presidente no aeroporto, Fuad decidiu não comparecer hoje porque o evento não tinha ligação com a prefeitura. Articuladores ressaltam que ele não queria “ficar em segundo plano”.
Em meio à cisão, o presidente tem sido pressionado pelos partidos para não aderir à campanha de Rogério Correia. Inicialmente, a agenda de Lula não envolvia uma viagem a Belo Horizonte, o que agradou ao PSD. Esta quinta-feira, em entrevista ao jornal “O Tempo”, o chefe do Executivo acalmou os ânimos dos seus aliados ao dizer que não se envolverá por enquanto.
— Acho que ainda temos que esperar para ver como se consolidará a disputa eleitoral, as candidaturas e as alianças. Eu, como presidente, não quero entrar em disputas entre candidatos da base, do campo democrático.
Nos bastidores, especula-se uma aliança envolvendo Rogério Correia e Fuad Noman. Ao GLOBO, o presidente do PSD no estado, deputado Cassio Soares, garante que é uma possibilidade, mas critica o parlamentar petista:
— Quem determina o caminho é o presidente Lula, que já demonstrou disposição em apoiar a candidatura do prefeito, mas há uma ressalva na postura de Rogério de atacar um político que apoiava Lula.
Apesar de ser alvo de críticas, Fuad levantou bandeira branca para o deputado nesta semana. Em agenda no antigo Aeroporto Carlos Prates, o prefeito compartilhou com ele o mérito da concessão à União Federal.
— Nos reunimos diversas vezes com o Sindicato, eu e o deputado. Muito obrigado, deputado, pelo seu trabalho – disse.
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RESPOSTA
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