O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta quinta-feira (27.jun.2024) que acredita que o Congresso votará o PL (projeto de lei) que trata da remuneração dos 17 setores e municípios antes o prazo dado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin perde a validade.
“Assim que retornar ao Brasil, no domingo [30.jun], certamente terei conversas com o Ministério da Fazenda, a Receita e a Casa Civil para finalizar isso. Até porque temos um prazo, que é o dado pela suspensão de eficácia do Ministro Zanin”, afirmou quando questionado por Poder360 sobre o tema durante o 12º Fórum de Lisboa.
A questão da desoneração da folha de pagamento tornou-se prioridade do Executivo. Em maio, Zanin deu 60 dias para uma solução – medida confirmada pelos demais integrantes do STF no início de junho.
Os parlamentares agora discutem medidas de compensação com o governo depois que o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu a MP (medida provisória) que alterou as regras de dedução do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), em 11 de junho.
“Essa medida provisória teve uma reação“, ele disse. “Não vou entrar no mérito, se foi correto ou não. [fazer a MP], se [a MP] foi mal preparado ou não”, disse Wagner.
Segundo o senador, a compensação pela isenção será feita “certamente”via PL que“haverá urgência para ser aprovado” por conta do prazo dado pelo STF.
Quando questionado por Poder360 Caso seja considerado viável que o texto seja votado no Congresso antes da data estabelecida pelo STF, Wagner respondeu: “Eu considero, porque, observe, houve um acordo. A atual isenção foi resultado de um acordo entre o Executivo e o Legislativo após julgamento do Supremo Tribunal Federal. Quanto a ser um acordo, já levei ao Ministro das Finanças [Fernando Haddad] diversas sugestões dadas pelo Senado”.
O projeto de lei para compensar a isenção, declarou Wagner, “está sendo feito”. Ele disse: “Não sei se será suficiente, senão terá que haver alguma complementação. Mas, acho que estamos num caminho extremamente positivo”.
“GILMARPALOOZA”
O 12º Fórum de Lisboa, promovido por Gilmar em Portugal, é uma tradição e recebeu o nome de “Gilmarpalooza” – uma junção dos nomes do reitor e do festival de música Lollapalooza que teve origem em Chicago (EUA) e cuja versão brasileira é realizada todos os anos em São Paulo com uma infinidade de bandas de vários lugares.
Anfitrião do evento de Lisboa, Gilmar convidou todos os ministros do STF – que ficaram divididos:
- 5 recusou – André Mendonça, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luiz Fux e Nunes Marques;
- 5 aceitaram – Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Flávio Dino e o presidente do Tribunal, Roberto Barroso.
O programa inicial incluía todos os ministros do STF. O documento oficial com todos os painéis do fórum e seus participantes foi publicado pela Poder360 em 13 de junho. Após a publicação, os organizadores do evento contactaram este jornal digital e afirmaram que se tratava ainda de uma lista preliminar e sujeita a alterações – embora não houvesse reservas no arquivo quanto a esta possibilidade.
Abaixo, os números atualizados do “Gilmarpalooza” – entre parênteses, o número de autoridades de cada esfera de poder que constavam no programa inicial:
- 5 ministros do STF (eram 10);
- 12 ministros do STJ (ainda 12);
- 2 ministros do TCU (eram 7);
- 1 ministro do TSE (eram 5);
- 5 ministros Lula (eram 14);
- 4 governadores de estado (eram 9);
- 5 senadores (eram 8);
- Arthur Lira + 5 deputados (eram 7).
QUEM PAGA
O STF tem declarado repetidamente que não paga os custos de viagens privadas dos ministros, que têm liberdade para aceitar convites para palestras e seminários. Desta vez não está claro se cada autoridade presente no fórum pagará suas próprias despesas ou se os organizadores pagarão pelas passagens, hospedagem e alimentação.
A responsabilidade do Tribunal é pagar pela segurança dos ministros, onde quer que estejam. Mesmo que se desloquem para actividade privada, todos os 11 magistrados têm direito a fazer-se acompanhar por um agente policial.
Barroso havia dito no dia 10 de junho que há “falta de entendimento” com as viagens dos ministros e que eles vivem “isolados”. Ele chamou as críticas a Toffoli, que foi a Londres assistir à final da Liga dos Campeões e levou consigo um segurança – ao custo de R$ 39 mil – de “uma implicação”.
Em 2021, o Poder360 mostrou que os magistrados do STF contavam com 32 seguranças em Brasília, 16 em São Paulo, 4 no Rio e 7 no Paraná. O custo anual foi de R$ 7,9 milhões por ano. Atualmente, porém, os valores não estão claros no site do STF e não se sabe exatamente onde cada ministro estava com seus seguranças.
No Brasil, os ministros da mais alta corte do país não são obrigados a divulgar anualmente relatórios sobre suas atividades privadas, diferentemente do que é feito nos Estados Unidos (entenda este texto).
Os juízes do Supremo Tribunal dos EUA têm sido pressionados sobre a sua relação com o sector privado. Os editoriais dos jornais norte-americanos e a sociedade civil têm criticado a forma como os juízes agem nas atividades privadas. Há um sentimento crescente de que as ações dos juízes podem representar um conflito de interesses.
QUEM ORGANIZA O FÓRUM
- IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) – fundado por Gilmar, Paulo Gonet Branco (Procurador-Geral da República) e Inocêncio Mártires Coelho (ex-Procurador-Geral da República);
- LPL (Direito Público de Lisboa), da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa;
- Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Poder Judiciário, da FGV (Fundação Getulio Vargas).
O tema do fórum 2024 é “Avanços e retrocessos da globalização e novas fronteiras: transformações jurídicas, políticas, econômicas, socioambientais e digitais”.
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