Assessores avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quis deixar claro, em entrevista ao portal UOL, que a situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, expõe o governo e que ele espera que o titular da pasta tome a iniciativa iniciativa de deixar seu cargo.
Lula disse que conversou com Juscelino, indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, na última sexta-feira, durante visita ao Maranhão.
— O que eu disse a ele: a verdade, só você sabe. Se o Ministério Público o indiciar, você sabe que terá de mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento ele permanece como ministro, se houver indiciamento ele será afastado (…) Quero que ele seja julgado da forma mais honesta possível — disse o presidente.
Segundo integrantes do governo, Lula queria preparar o terreno para tirá-lo do comando do ministério, mas gostaria muito que Juscelino tomasse a iniciativa e pedisse para sair para preservar o governo.
O entendimento no Planalto é que caso se confirme a eventual saída do ministro, será possível superar o desconforto do União Brasil se for garantido que caberá ao partido indicar o substituto. No partido, porém, a situação ainda é vista com cautela.
Até o momento, a análise é que Juscelino mantém o apoio de padrinhos fortes para permanecer no cargo, como o senador Davi Alcolumbre (União-AP), e que, no cenário atual, o governo não tem pouca força para exigir uma saída.
Apesar de não formar uma base sólida, o partido ainda entrega parte considerável dos votos em votações caras à equipe econômica do Palácio do Planalto.
Apesar da declaração de Lula em entrevista ao UOL de que a situação do ministro mudará caso ele seja indicado, a PF já indiciou Juscelino. O presidente referiu-se à possibilidade de denúncia, que será avaliada pela PGR.
Juscelino nega irregularidades e atribuiu a atuação da PF a uma “ação política e previsível”.
O inquérito da Polícia Federal investiga suspeitas de desvio de emendas parlamentares para pavimentação de ruas de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, quando ele ainda era deputado federal. É a primeira vez que um membro da primeira instância do atual mandato de Lula é indiciado, o que aumentou a pressão, vinda do PT, pela destituição do ministro.
Após a entrevista do presidente, Juscelino declarou que permanecerá no cargo o tempo que Lula quiser.
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