Em meio à tentativa de renegociar a dívida pública do governo mineiro com a União Federal, o presidente Lula (PT) criticou a postura do governador Romeu Zema (Novo) em seu primeiro mandato.
Segundo o chefe do Executivo, Zema foi beneficiado pela liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), em vigor desde 2018 e que interrompeu o pagamento das parcelas, e mesmo assim conseguiu aumentar o valor devido.
— É importante lembrar que, desde o início do primeiro mandato, o governador Romeu Zema se beneficiou de liminar concedida pela Justiça ao ex-governador Fernando Pimentel (PT) para não pagar as parcelas da dívida. Nesse tempo todo, o governador não precisou pagar as parcelas e, mesmo assim, a dívida passou de pouco mais de R$ 100 bilhões para os atuais cerca de R$ 170 bilhões — disse o presidente, em entrevista exclusiva ao jornal “O Tempo “.
A liminar mencionada pelo presidente expira no próximo dia 13, após duas prorrogações obtidas pelo governo de Minas Gerais somente neste ano. Na entrevista, o presidente afirmou que seu governo tem “toda disposição” para encontrar uma solução para o problema do Estado.
Em março, o Ministro das Finanças, Fernando Haddad, apresentou um novo modelo de renegociação, que propõe a redução das taxas de juro cobradas nas dívidas do Estado em troca de investimento no Ensino Secundário Técnico.
Segundo Lula, o estado precisará de mais instrumentos para montar uma renegociação “consistente”, o que tem sido discutido por Zema, Haddad e pelo presidente do Senado, que é mineiro, Rodrigo Pacheco (PSD).
Nesta quarta, o governador tinha reunião marcada com Pacheco para discutir o tema, mas ele não compareceu.
Em seu lugar, foram enviados quatro secretários —Gustavo Valadares (Governo), Luiz Cláudio Gomes (Finanças), Camila Neves (Planejamento) e Marcel Beghini (Secretaria-Geral). Após a reunião, Valadares disse que a intenção é apresentar um projeto de lei no Senado Federal na próxima semana.
— Estávamos muito otimistas com as novas propostas apresentadas durante a reunião. Gostaria de expressar toda a gratidão do governo do estado e do povo mineiro ao senador Rodrigo Pacheco, que tem desempenhado um papel espetacular junto aos estados endividados — disse o secretário de Governo.
A intenção do governo do estado é pedir ao STF a prorrogação por mais 120 dias, a contar a partir do dia 13.
Pacheco é ‘grande nome’ para 2026
Ainda durante entrevista ao “O Tempo”, Lula foi questionado sobre a viabilidade de Rodrigo Pacheco na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026. Apesar de considerar que ainda é cedo para definir, o presidente considera o senador um “grande nome”. “.
— As eleições de 2026 estão longe, como você disse. Nem o cenário de candidatos a prefeitos em 2024 está consolidado, imagine o de governadores daqui a dois anos. Mas é claro que o presidente do Senado é um grande nome, teve um papel importante na defesa da democracia.
Nos bastidores, o presidente do Senado indicou que concorrer ao governo é o seu plano. O comunicado interno surgiu junto com a tomada de rédeas durante a renegociação da dívida pública. Dentro do PSD, o único nome que pode bater de frente com ele é o do ex-prefeito Alexandre Kalil.
Sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira, Lula foi questionado se ele acredita que o avanço na tramitação das questões aduaneiras seria uma forma do deputado pressionar o governo. O presidente respondeu que não pensa assim.
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