Pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal saiu em defesa de Renato Cariani, influenciador fitness que é acusado de tráfico de drogas, crime que nega ter cometido.
Os dois realizaram um evento juntos na noite desta terça-feira (25), que foi transmitido ao vivo pelas redes sociais, e lançaram um curso juntos.
Em entrevista ao Uol, Marçal afirmou que Cariani, a quem chamava de amigo, “mudou de vida” ao incentivar os cuidados com a saúde. O contato entre os dois começou há dois meses, quando o influenciador fitness já havia sido denunciado.
O pré-candidato destacou que não se preocupou em vincular sua imagem à do influenciador suspeito de tráfico, cuja inocência, para ele, será comprovada durante o processo.
— A empresa dele é uma empresa bilionária, alguém tirou 50 faturas de um total de 25 mil. Acho falta de educação chamar o cara assim para destruir a reputação dele — disse Marçal.
— Ele é um homem honrado, gosto dele, ele mudou minha vida e continuará mudando a vida de mais pessoas. Não quero que as pessoas morram por causa da obesidade, que morram sem saber no fundo do coração que podem prosperar.
Ao UOL, Cariani disse lamentar que “um problema com a empresa da qual sou sócio sirva para atingir politicamente” o sócio. O influenciador confirmou que era inocente e destacou que não tinha “nenhuma condenação judicial” contra ele.
O curso de autoajuda se chama “Super Humano” e, segundo os organizadores, ensina como alcançar a “plenitude de corpo, alma e espírito para prosperar em todas as áreas da vida”. A formação decorre até 1 de julho, com inscrição gratuita.
Cariani e Marçal fizeram diversas publicações juntos nas últimas semanas, já que o instrutor físico tem ajudado o ex-técnico em suas atividades físicas.
Durante o evento de lançamento do curso, Marçal ainda comentou a disputa eleitoral. Ele disse ter recebido mensagens do prefeito chamando de “brincadeira”, mas disse que estava acostumado porque tudo que ele começou a fazer era brincadeira, e que a brincadeira viraria “pesadelo”.
Cariani relatou
Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal realizou buscas e apreensão na casa de Cariani, suspeito de fazer parte de uma organização criminosa que desviava produtos químicos para a produção de drogas.
Segundo as investigações, empresas que têm Cariani como sócia são suspeitas de terem desviado produtos químicos para o tráfico de drogas.
Segundo a PF, em seis anos, foram desviadas cerca de 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol, substâncias usadas pelos criminosos para transformar pasta à base de cocaína em pó e pedras de crack. .
A principal empresa investigada é a Anidrol, empresa química localizada em Diadema, na Grande São Paulo, e que tem como sócia a influenciadora fitness.
A investigação, em parceria com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), começou em 2019 após denúncia do laboratório AstraZeneca, o mesmo que fabrica vacinas e medicamentos.
Em abril, a Justiça autorizou a devolução do passaporte de Cariani, para que ele possa viajar ao exterior a trabalho. Contudo, sempre que viajar deverá avisar o Tribunal com 15 dias de antecedência.
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