O jornalista e ativista australiano Julian Assange, de 52 anos, foi libertado da prisão de segurança de Belmarsh, em Londres, no Reino Unido, após cinco anos de prisão.
Assange saiu da prisão nesta segunda-feira (24) e foi direto para o aeroporto de Stansted, onde embarcou em um avião com destino às Ilhas Marianas do Norte.
O avião fez escala em Bangkok, na Tailândia, antes de seguir em direção ao território ultramarino norte-americano localizado no Pacífico.
Uma legenda na postagem do site dizia: “Aproximando-se de Bangkok para reabastecer. Mais perto da liberdade.”
Do que Julian Assange é acusado?
O ativista australiano, acusado de vazar milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos quando estava preso no Reino Unido desde 2019, chegou a um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidosque solicitou sua extradição.
Criador do Wikileaks, Julian Assange – Foto: Reprodução/YouTubeSegundo o site WikiLeaks, fundado por Assange, a liberdade é o resultado de uma campanha global pela liberdade de imprensa e conduziu a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado com os tribunais norte-americanos.
“Este é o resultado de uma campanha global que envolveu organizadores de base, activistas da liberdade de imprensa, decisores políticos e líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas. Isto criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o que levou a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado.”
Mas o que é o WikiLeaks?
O site WikiLeaks, lançado em 2006 por Julian Assange, é uma organização internacional sem fins lucrativos, com sede na Suécia.
O site foi construído com base no software de código aberto MediaWiki, desenvolvido pela Wikimedia e publica na internet documentos confidenciais obtidos de empresas e órgãos governamentais de todo o mundo.
Ativista australiano criou em 2006 o site WikiLeaks, responsável pela análise de documentos confidenciais — Foto: Reprodução/Youtube/NDQualquer pessoa pode enviar documentos confidenciais para o site com a garantia de que sua identidade estará protegida quando forem divulgados.
O site é responsável por analisar esses documentos, verificar sua veracidade e publicar apenas aqueles que possam ser comprovadamente 100% reais.
Ao longo dos anos, jornalistas, ativistas políticos e dissidentes têm utilizado a plataforma para revelar segredos de países e empresas.
Ações judiciais de Assange
Segundo o activista, os processos a que responde têm a ver com o papel do WikiLeaks na divulgação de ficheiros secretos de países e corporações.
Em 2007, o site passou a servir de fonte para jornais de todo o mundo. O jornal britânico O guardião publicou um relatório detalhando esquemas de corrupção na família do então líder queniano Daniel arap Moi.
Parte das informações desse relatório foi adquirida através do WikiLeaks.
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