O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), que tem o técnico Pablo Marçal como pré-candidato a prefeito de São Paulo, está sem diretório estadual em São Paulo desde a última terça-feira, 18, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE). Internamente, os militantes do partido duvidam da futura candidatura de Marçal face aos atritos internos, que poderão derrubar Leonardo Alves Araújo, conhecido como Leonardo, presidente nacional do partido e entusiasta da pré-candidatura de Marçal.
As diferenças partidárias nacionais aumentaram com as acusações feitas por ex-aliados do Avalanche. Em vídeo, Joaquim Pereira de Paulo Neto e Tarcísio Escobar de Almeida quebraram o silêncio e afirmaram que o Avalanche não cumpriu acordos e se sentem traídos. O trio de ex-aliados, que inclui também Michel Winter, do PRTB de Minas Gerais, quer entrar com uma ação na Justiça Eleitoral para tirar o Avalanche do poder. Internamente, queixam-se que o Avalanche ouve demasiado Marçal e já não ouve o grupo que o colocou no comando do partido.
Já existe uma ação no TSE sob sigilo judicial que apura a troca de denúncias dentro do PRTB. A ação, porém, foi movida por oponentes do Avalanche logo após sua vitória em fevereiro deste ano. Nesta quinta-feira, 20, Leonardo Avalanche disse ao Estadão que nenhuma candidatura, que inclui a de Marçal na capital paulista, será prejudicada. Ele não comentou o vídeo até agora. Marçal também ainda não respondeu.
Escobar, que não foi encontrado para comentar os atritos internos no partido, afirmou em vídeo que o Avalanche “enganou, fingiu e atrapalhou” o PRTB em São Paulo. “O que o Leonardo fez comigo e com a população de São Paulo, da periferia, foi um abuso, uma falta de honra. Além de roubar muita gente em São Paulo, quero deixar bem claro, ele roubou um muita gente em São Paulo, ele trapaceou, fingiu, atrapalhou, me proibiu de falar da comunidade, da favela, da periferia, porque não quis falar disso. “, disse ele na gravação.
Winter afirmou no vídeo que “a família PRTB não vai mais aceitar você”, em referência ao Avalanche. “Nosso grupo trabalhou duro para fazer o presidente do partido pensar que você era um homem de caráter”.
Escobar lidera partido em SP, disse advogado
Joaquim Neto afirmou ainda que Escobar “ainda” comanda a festa em São Paulo. Ó Estadão revelou que Escobar foi indiciado há quase um ano por suposta associação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e tem condenação em primeira instância por peculato em Poá, na Grande São Paulo.
Ao telefone, Joaquim Neto, que é advogado, disse que confia em Escobar e que não pertence ao crime organizado. “Conheço Escobar e confio nele. Ele poderá ser, durante o processo, absolvido”, disse Neto. Escobar também não é afiliado ao PRTB, como o Estadão também revelado.
Oponentes da Avalanche comemoram luta entre ex-aliados
Integrantes do PRTB que se opõem a Leonardo Avalanche receberam com surpresa o fim do relacionamento entre Avalanche, Joaquim Neto, Escobar e Winter.
Ao mesmo tempo, comemoram o enfraquecimento do atual presidente do partido, segundo a reportagem. Estadão. Na avaliação deste grupo, o enfraquecimento e os ataques poderiam ampliar o caminho para a determinação judicial rumo a uma nova eleição no PRTB nacional.
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