O ex-policial militar Ronnie Lessa será transferido nesta quinta-feira pela Polícia Penal Federal da Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para o Presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.
De acordo com determinação do juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, durante o período de transferência ele deverá ser recolhido sob custódia ou celas mantidas pela Polícia Federal em aeroportos ou quaisquer outros pontos de trânsito.
No despacho, datado do dia 11, o magistrado também havia determinado o cumprimento imediato da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relativa à transferência do ex-PM. A medida é um dos benefícios do acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.
“Os benefícios previstos na delação premiada dependem, obviamente, da efetividade das informações prestadas, uma vez que se trata de meio de obtenção de provas, a serem analisadas durante a investigação processual penal. Isso, porém, não impede, no presente momento, a a transferência solicitada seja realizada provisoriamente – enquanto a instrução processual penal ainda estiver em andamento, em despacho;
Na mesma decisão, o ministro determinou o levantamento do sigilo do acordo de colaboração assinado por Lessa.
Nos depoimentos prestados aos investigadores, o ex-PM relatou que, no segundo trimestre de 2017, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), então vereador do Rio, demonstrou uma “reação descontrolada” às ações de Marielle para “votar com firmeza o projeto de Lei da Câmara nº 174/2016”.
Com o projeto, ele e o irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão, buscariam a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, sem respeitar o critério de área de residência. interesse social, visando obtenção de título de propriedade para especulação imobiliária.
À PF, Lessa informou ainda que o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa foi peça fundamental nos assassinatos cometidos a mando do Brazão. O delegado seria responsável por garantir uma espécie de imunidade aos envolvidos, ou seja, de alguma forma a investigação que se seguiria não conseguiria chegar aos responsáveis pelo empreendimento criminoso.
Na denúncia apresentada, a PGR afirma que “a ordem para a execução dos homicídios foi dada por Domingos e Chiquinho” e que os dois defenderam os interesses das milícias “juntamente com as instituições do Estado”. Os irmãos também foram acusados de organização criminosa.
O documento aponta que os irmãos informaram Barbosa sobre o plano de assassinato do parlamentar, que teria usado sua autoridade como chefe da Polícia Civil “para oferecer a garantia necessária aos autores intelectuais do crime de que todos ficariam impunes”.
Os irmãos Brazão e Barbosa estão em prisão preventiva desde 24 de março. Na última terça-feira, eles viraram réus depois que ministros da Primeira Turma do STF votaram por unanimidade pelo recebimento da denúncia apresentada pela PGR. Os três negam participação no crime.
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