Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O número de homicídios no Brasil caiu 3% em 2022 em relação ao ano anterior, segundo dados do Atlas da Violência divulgados nesta terça-feira, mas ainda assim 62 jovens foram assassinados todos os dias no país neste ano atrasado .
Em 2022, foram registrados 46.409 homicídios, ante 47.847 em 2021, segundo levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De cada 100 jovens entre 15 e 29 anos que morreram no Brasil em 2022 por qualquer causa, 34 foram vítimas de homicídio. Do total de homicídios registrados no ano, 49,2% vitimaram jovens entre 15 e 29 anos.
O estudo mostra que, em média, 62 jovens foram mortos por dia no país no ano retrasado. Entre 2012 e 2022, foram 321.466 jovens vítimas de violência letal no Brasil.
“O crime violento produz diversas externalidades negativas, incluindo menor crescimento económico, redução do desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes e diminuição da participação no mercado de trabalho”, afirmaram os autores do estudo.
O número de mortes por 100 mil habitantes chegou a 21,7 no ano retrasado, ante 22,5 em 2021. Apesar da pequena redução, o estudo aponta desaceleração em uma trajetória de queda mais acentuada das taxas de homicídios no país nos anos anteriores.
“É interessante notar que essa dinâmica em favor da redução dos homicídios perde força em 2019. Na verdade, entre 2019 e 2022, a variação da taxa de homicídios no país foi zero, tendo voltado a aumentar no Nordeste (6,1%) e no Sul (1,2%) e diminuiu nas demais regiões, com destaque para a forte redução da letalidade no Centro-Oeste (-14,1%), que manteve o ritmo de queda ocorrido desde 2016”, afirmaram os autores do o estudo .
A política de apoio ao uso de armas no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pode estar por trás desse movimento, segundo a obra.
“Uma possível explicação para essa estagnação no processo de redução da violência letal no Brasil a partir de 2020 diz respeito à legislação armamentista do governo Bolsonaro, que pode ter influenciado no aumento dos homicídios, anulando a maré a favor da redução de mortes”, diz Atlas.
“Na verdade, um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, baseado em metodologia econométrica robusta, mostrou evidências de que, se não tivesse havido tal legislação, a redução dos homicídios teria sido ainda maior do que a observada entre 2019 e 2021, e por Teriam sido salvas menos 6.379 vidas”, acrescentou.
Os autores da pesquisa estimam que um aumento de 1,0% na difusão de armas de fogo gera um aumento nas taxas de homicídios e roubos de 1,2%.
O Atlas apontou ainda que entre 2019 e 2022 ocorreram 24.102 homicídios ocultos no Brasil.
“Eles ignoraram as estatísticas oficiais sobre a violência no país. Tais homicídios, cujas verdadeiras causas o Estado não reconheceu, corresponderiam a tragédias invisíveis como a queda de 160 Boeings totalmente carregados e sem sobreviventes”, diz o documento.
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