O Ministério da Fazenda publicará, nesta terça-feira (1º), a lista das casas de apostas em funcionamento que solicitaram autorização do ministério e poderão continuar operando até o final deste ano. O restante será considerado ilegal e os sites correspondentes deverão ser retirados do ar no dia 11 de outubro.
Desta forma, o apostadores terão dez dias para resgatar seus saldos em ‘apostas’ irregulares, então não poderão solicitar reembolso através das plataformas. Até o momento, 155 empresas fizeram solicitação ao Tesouro, segundo o Sistema de Gestão de Apostas (Sigap). O prazo termina às 23h59 desta segunda-feira.
Mais cedo, em entrevista à rádio CBN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre 500 e 600 sites sairão do ar nos próximos dias, em um trabalho que envolve a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e empresas de telecomunicações. Ele recomendou que a população peça “restituição já”.
— Cerca de 500 e 600 sites de apostas ficarão offline nos próximos dias. Em cerca de uma semana tiraremos do ar os sites que nem sequer pediram regulamentação. Estamos oficializando na Anatel. Eles têm que ficar offline devido à falta de conformidade com os regulamentos. Se você tem dinheiro em uma casa de apostas (ilegal), peça o reembolso agora — disse Haddad à CBN.
Este é o primeiro passo do governo para reforçar o controlo contra as ‘apostas’, que crescem rapidamente no país e têm drenado uma parte significativa dos recursos da economia, incluindo os dos mais vulneráveis.
Inicialmente, a expectativa era que a suspensão ocorresse em janeiro de 2025, quando entrarem em vigor todas as regras que regulamentam o setor de apostas de quota fixa. Mas a ação foi adiada devido ao que Haddad chamou de “dependência psicológica de jogos”.
De outubro a dezembro, o governo analisará os pedidos de outorga, para que, em janeiro, tenha início o mercado regulamentado de apostas no Brasil. Ainda neste ano, as empresas aprovadas terão que pagar a outorga de R$ 30 milhões para começar a operar.
Na semana passada, um levantamento do Banco Central mostrou que o volume mensal de transferências via Pix de pessoas físicas para empresas de apostas online variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões neste ano. Em agosto, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família destinaram R$ 3 bilhões para esses jogos online.
Além da suspensão das plataformas ilegais, o governo já proibiu o uso de cartão de crédito para apostas a partir de janeiro de 2025. Mas o setor se antecipou. Os associados da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) não aceitarão mais a forma de pagamento a partir desta terça-feira.
O governo provavelmente deveria bloquear também o uso da função de débito do cartão Bolsa Família para apostas. Outra ideia é mudar a titularidade do benefício caso o dinheiro esteja sendo usado para apostas.
Essas medidas e outras em análise para proteger os mais vulneráveis ainda serão discutidas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula está no México e a reunião para discutir as ‘apostas’ deve acontecer na quarta ou quinta desta semana.
Haddad disse ainda que a publicidade das empresas de apostas de quota fixa está “fora de controle”. O Tesouro já proibiu comerciais que sugerem enriquecer e que os influenciadores tratam os jogos como uma forma de melhorar a vida.
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