O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que Nahuel Gomes Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB), mantenha distância mínima de 10 metros do feirante Duda Lima, que integra a campanha de Ricardo Nunes (MDB), durante os debates eleitorais. Fora desses eventos, a distância exigida é maior: Medina deve permanecer a pelo menos 300 metros de Lima e evitar qualquer local onde esteja, independentemente de quem chegou primeiro.
O tribunal também ordenou que sejam organizadas entradas e saídas separadas para os dois em todos os eventos de campanha onde possam se encontrar, a fim de evitar novos confrontos. A decisão ocorre após Medina agredir o marqueteiro de Nunes com um soco na cara no debate entre os candidatos organizado pelo Flow.
Procurada pela campanha de Marçal, a defesa de Medina ainda não havia comentado a decisão até a publicação deste texto.
A medida cautelar foi concedida após a defesa de Duda Lima recorrer da decisão de primeira instância que havia negado o pedido inicial de tutela por considerar que o episódio de agressão foi um ato isolado e pontual. A Justiça, porém, entendeu que o ataque contra o feirante foi grave e se somou à escalada de violência na campanha eleitoral.
“Consta nos autos a declaração de que Nahuel Gomes Medina já havia tentado agredir outras pessoas em outro debate. Porém, observando o link trazido aos autos, observa-se que ele se aproxima de um terceiro que o contesta. palavras, não é claro quem inicia ou procura o confronto físico. No entanto, é certo que agrediu o recorrente, com gravidade ainda por verificar, o que se verifica nas fotografias do rosto e dos pontos de Eduardo Rodrigues de Lima. “, afirma o relator do caso, Lauro Mens de Mello, acrescentando que “a isto se soma a escalada de violência na campanha eleitoral, especialmente nos debates, como é um fato público e notório, que deve ser coibido”.
A decisão do tribunal permite que Medina continue a participar nos debates para não prejudicar a campanha de Marçal. Porém, para evitar novos confrontos, o Tribunal deu orientações específicas aos organizadores do evento, como garantir entradas e saídas separadas para ambos e reforçar a segurança no local.
“A decisão do Tribunal deixa claro para quem distorce a verdade quem é o agressor e quem é a vítima. Foi um ataque grave e covarde, que o Tribunal já deixou claro que não ficará impune. confiar no Judiciário, nas pessoas de bem e apurar a veracidade dos fatos”, afirma o advogado de Duda Lima, Daniel Bialski.
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