Um total de 102 pessoas perderam a vida no Brasil antes de disputar o primeiro turno das eleições municipais de 2024, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desta quinta-feira (26). Em Santa Catarina, três candidatos morreram.
Entre os candidatos falecidos no Brasil, 94 concorreram ao cargo de vereador, seis a vice-prefeito e dois a prefeito.
Segundo o TSE, as estatísticas por partido são lideradas pelo MDB, com 12 vítimas. Seguem-se o PSD com 11, os Republicanos com dez e o PL com nove.
Prefeito e pai assassinados
Marcelo Oliveira, 38 anos, era prefeito da cidade de João Dias, no Rio Grande do Norte, e buscava a reeleição pelo partido União Brasil, quando foi morto a tiros no dia 27 de agosto.
Seu pai, Sandi Oliveira, também morreu no ataque. Pelo menos 14 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento e o TSE aprovou o envio de tropas federais ao município para as eleições de 6 de outubro.
O outro candidato a prefeito que morreu era de Itatinga, em São Paulo. O presidente da Câmara Municipal Lukas Machado, de 30 anos, era candidato a prefeito pelo Podemos. Ele foi encontrado morto em casa no dia 23 de agosto.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o corpo não apresentava ferimentos por agressão ou sinais de violência. A perícia encontrou vestígios de cocaína no banheiro e um suspeito foi preso por tráfico de drogas.
Saiba quem foram os três candidatos que morreram em Santa Catarina
Santa Catarina teve três candidatos que morreram e não chegarão às urnas no dia 6 de outubro. Todos concorreram ao cargo de vereador.
Carlos Augusto da Costa Padilha, o “Gugu”, foi candidato do PP à Câmara Municipal de Concórdia, no oeste catarinense. Nascido em Tupanciretã, no Rio Grande do Sul, morreu aos 65 anos após cair e bater a cabeça.
Era jornalista, radialista e escritor, dono da Rádio Web Positiva e disputava eleições pela primeira vez. A única doação feita para a campanha foi um Pix de R$ 200 do filho, Guilherme Augusto Busnello Padilha.
Gugu caiu da cabine de transmissão enquanto narrava uma partida de futebol, de uma altura de cinco metros. As causas da morte, no dia 30 de agosto, foram infarto, embolia pulmonar, trauma abdominal, trauma medular e traumatismo cranioencefálico grave.
O mais recente da lista de candidatos falecidos é Jair de Oliveira Bittencourt, que se apresentou como “Jair Queijo”. Ele faleceu no dia 7 de setembro na cidade de Içara, aos 69 anos, e disputava um cargo de vereador, pelo PL, em Lauro Müller, no Sul de Santa Catarina.
Esta foi sua sexta eleição municipal. Em todas as anteriores, desde 2004, foi eleito suplente. No portal do TSE, seu nível de escolaridade é “ler e escrever” e ele declarou um terreno no valor de R$ 150 mil, sem nenhuma doação à campanha.
O aposentado Jair Queijo morreu de insuficiência respiratória aguda, insuficiência cardíaca descompensada e acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, quando a obstrução de uma artéria impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais.
Paulo César Fernandes foi candidato a vereador do PSDB em Santa Cecília, na região serrana. Faleceu no dia 16 de agosto, aos 55 anos, em decorrência de parada cardiorrespiratória e infarto agudo do miocárdio, decorrente de hipertensão e diabetes.
Já havia disputado a Câmara Municipal com o apelido de “Paulinho” em 2012 e 2016 pelo PSC, mas não foi eleito em nenhuma das ocasiões. Aposentado e casado, o candidato não declarou bens e não compareceu à Justiça Eleitoral.
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