Ao participar, na manhã de ontem, da sabatina promovida pela Rádio CBN Campo Grande e pelo jornal Correio do Estado, o candidato a prefeito da Capital pelo PSDB, deputado federal Beto Pereira, mais uma vez demonstrou indignação contra os terminais rodoviários de transporte público urbano construídos no meio das principais vias da cidade.
“Os terminais que ainda não foram concluídos, como os da Avenida Gunter Hans e Avenida Bandeirantes, e os que estão em prospecção, como os da Rua Bahia e da Avenida Calógeras, serão cancelados, e as modificações estruturais já iniciadas será retirado”, prometeu o candidato, caso seja eleito prefeito de Campo Grande.
Em relação ao terminal já em funcionamento na Rua Rui Barbosa, disse que irá rediscutir a sua continuidade. “Lá verificaremos como podemos reajustar o projeto, talvez mudando de lado ou fazendo as alterações necessárias. Agora, os que ainda estão por fazer, vamos retirar, e vou retirar no primeiro mês de mandato”, assegurou.
Beto Pereira alertou ainda que pretende prender o gestor municipal que apresentou o projeto para obter o recurso e também o administrador municipal que ordenou a execução da obra de forma arbitrária. “Ele fez isso sem consultar a população, sem garantir voz ativa ao comércio e sem estudar o impacto no bairro. Quero que os tribunais responsabilizem criminalmente os responsáveis e os façam compensar aqueles que foram prejudicados.”
Ainda abordando o assunto, o deputado federal garantiu que vai retirar os terminais do meio da rua e acabar com essa obra, que foi reprovada pela maioria da população de Campo Grande. “Não fui eu quem falhou, pessoal. Quem desaprovou foi o povo de Campo Grande. Faça hoje uma pesquisa e pergunte à população da Capital o que acha dessa obra, a maioria vai dar a resposta que foi dinheiro público jogado fora”, explicou.
TRANSPORTE PÚBLICO
Ainda durante a audiência realizada pela CBN Campo Grande e pelo Correio do Estado, o candidato tucano abordou a questão da má qualidade do transporte público urbano oferecido à população municipal. “Olha, primeiro a prefeitura deve cumprir suas obrigações no contrato com o Consórcio Guaicurus e, depois, exigir que a concessionária cumpra suas obrigações com o município. Caso isso não aconteça por parte do consórcio, rescindiremos o contrato e procuraremos quem queira acertar com a prefeitura as condições que oferecemos”, alertou.
Segundo Beto Pereira, não é possível conviver com uma situação em que o município não faça a sua parte, pois são 44 quilômetros de ruas que são linhas de ônibus e que ainda não estão pavimentadas. “Então, como você vai querer exigir a limpeza do ônibus e a qualidade do serviço se não faz a sua parte? Precisamos primeiro analisar o que está acordado em contrato, porque se não estiver acordado em contrato, vamos renegociar”, garantiu.
Ele explicou que estudará um aditivo ao contrato para garantir transporte público urbano de qualidade. “Vou procurar, e tenho a certeza que é possível, que tenhamos um serviço de qualidade, um serviço que avança a cada ano, um serviço que garanta a sustentabilidade ao longo do tempo, substituindo os autocarros a combustão por autocarros eléctricos”, explicou.
Para o deputado federal, é preciso evoluir nessa questão ao longo dos anos. “Não é possível conviver hoje com a situação que vivemos, que é um transporte caro, precário e ineficiente. É com isso que não podemos conviver e é isso que vamos enfrentar. Para o momento atual, precisamos fazer cumprir e garantir que o transporte público seja eficiente. Olha, vamos, no prazo de quatro anos, resolver a questão do transporte público em Campo Grande”, prometeu.
O tucano lembrou que já assumiu o compromisso com a população de Campo Grande de construir 300 quilômetros de pavimentação nova e mais 400 quilômetros de recapeamento. “Para fazer isso é necessário hoje, numa conta que ainda carece da precisão necessária, porque precisamos pegar todos os projetos, mas seria algo em torno de R$ 1 bilhão. Se dividirmos isso por quatro, precisaríamos de um investimento de R$ 250 milhões por ano”, calculou.
Nesse sentido, explicou o parlamentar, se levarmos em conta que a bancada federal do Estado no Congresso Nacional tem R$ 500 milhões por ano, uma parceria para trazer R$ 250 milhões por ano para Campo Grande é plenamente possível, mas em condições de tem R$ 100 milhões,
R$ 150 milhões por ano.
“Estou convencido disso, pois tenho conversado com meus colegas sobre isso. Somando a capacidade de investimento do Estado, governador Eduardo Riedel [PSDB] Disponibilizou até para colocar R$ 1 em cima de cada R$ 1 investido em pavimentação”, revelou.
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