Prêmio Herzog de Jornalismo: Agência Brasil e TV Brasil são finalistas

Duas produções da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) ficaram entre as finalistas do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Na categoria fotografia, a finalista é a foto que Passe Livre faz manifestação em São Paulo contra o aumento de tarifas, do repórter fotográfico Paulo Pinto, da Agência Brasil.

Na categoria vídeo, a reportagem especial Inocentes na prisão, exibida no programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, está entre os finalistas. A equipe de produção conta com Ana Passos, Gabriel Penchel, Adaroan Barros, Caio Araujo, Carlos Junior, Alex Sakata e Caroline Ramos.

Os vencedores serão escolhidos pela Comissão Organizadora no dia 10 de outubro, das 14h às 18h, em sessão pública transmitida ao vivo pelo canal do YouTube dos Prêmios.

“A presença das produções da EBC entre os finalistas do Prêmio Herzog é um reconhecimento ao trabalho realizado pelos profissionais da empresa e ao compromisso com o jornalismo público em defesa da democracia e dos direitos humanos”, destaca o presidente da EBC, Jean Lima.

Para o repórter fotográfico Paulo Pinto, da Agência Brasil, a harmonia entre escrita e fotografia é fundamental para uma boa cobertura jornalística. “Onde há manifestantes contra o Estado e a polícia, há sempre tensão no ar entre as partes. A nossa função é estarmos atentos aos abusos das entidades do Estado contra as pessoas, sejam elas manifestantes ou não”, descreve.

A jornalista Ana Passos, da TV Brasil, considera uma honra estar entre os finalistas do prêmio Herzog. Ela diz que a agenda Caminhos da Reportagem surgiu da indignação com a injustiça da prisão, principalmente de jovens negros que nunca cometeram crimes, mas que foram identificados como suspeitos devido ao racismo estrutural em nossa sociedade.

“O reconhecimento de suspeitos é um assunto que tem sido muito discutido no mundo jurídico, o entendimento dos tribunais avançou nos últimos anos, mas na prática dos agentes da Justiça os erros se repetem todos os dias”, lamenta Ana Passos. “Esperamos que as histórias de nossos entrevistados ajudem a criar mais consciência e ação em relação a esses absurdos das prisões de pessoas inocentes no Brasil.”