O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todos os procedimentos da Lava-Jato relativos ao empresário luso-brasileiro Raul Schmidt Felippe Júnior, alvo da operação por suspeita de pagamento de propina à Petrobras.
A decisão de Toffoli atende a um pedido de prorrogação feito pela defesa do empresário em medida semelhante que beneficiou o empresário Marcelo Odebrecht em maio.
No despacho, Toffoli afirma que a parcialidade dos juízes federais Sérgio Fernando Moro e Gabriela Hardt — responsáveis pela Lava-Jato — “ultrapassou todos os limites”.
Para Toffoli, os “constantes ajustes e combinações feitos entre” os magistrados e o Ministério Público Federal “representam verdadeiro conluio para inviabilizar o exercício da contraditória e ampla defesa” por parte de Schmidt.
“Diante do exposto, acato o pedido constante desta petição e declaro a nulidade absoluta de todos os atos praticados em desfavor do requerente no âmbito dos procedimentos vinculados à Operação Lava Jato pelos integrantes da referida operação e por Os juízes federais Sérgio Fernando Moro e Gabriela Hardt no exercício de suas atividades perante o Tribunal da 13ª Vara Federal de Curitiba, ainda na fase pré-processual”, afirmou.
O MPF denunciou Schmidt por operar o pagamento de vantagens indevidas a funcionários da Petrobras para favorecer a contratação da empresa Vantage Drilling Corporation para afretar o navio-sonda Titanium Explorer, ao custo de US$ 1,8 bilhão.
A defesa do empresário alegou ao STF que o andamento da operação contra o empresário sofreu de “ilegalidades e violações semelhantes” vistas por Toffoli no caso de Marcelo Odebrecht —que usou como argumento mensagens da Operação Spoofing.
Segundo Toffoli, “a atuação processual coordenada entre o magistrado e o Ministério Público gerou efeitos no ambiente social e no cenário político, o que pode ser constatado pela efetiva migração dos principais protagonistas da “Operação Lava Jato” de suas carreiras em da Justiça ao Poder Executivo Federal, bem como ao Congresso Nacional”.
Ainda segundo o ministro, o STF tem funcionado “como um verdadeiro escudo contra as ilegalidades cometidas por determinados juízes e procuradores em Curitiba, bem como para conter a tentativa de apropriação do Judiciário e do Ministério Público Federal para a realização de projetos pessoais”. .
O caso de Schmidt já havia sido apreciado pelo juiz Eduardo Appi, que em 2023 assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba. Na época, Appio absolveu o empresário das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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