A semana passada marcou o último dia do advogado Mansour Elias Karmouche na função de conselheiro federal da Ordem dos Advogados (OAB) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos últimos 16 meses. Ele se despediu durante a 7ª sessão ordinária do plenário do CNJ, realizada na última terça-feira. Com sentimento de dever cumprido, Mansour Elias Karmouche agradeceu a colaboração de todos ao longo dos meses em que atuou como representante da OAB no CNJ por recomendação do presidente nacional da Ordem, Beto Simonetti. “O CNJ é um órgão que traduz efetivamente as políticas públicas não só para o Judiciário, mas para toda a sociedade com boas práticas e de forma transparente”, afirmou o hoje ex-conselheiro federal da OAB. Ele acrescentou que saiu com sentimento de dever cumprido e muito feliz porque aprendeu muito. “Pude contribuir para que a advocacia e a sociedade entendam a importância do CNJ, que tem sido tão bem liderado pelo ministro Barroso. O CNJ na mão do ministro Barroso é um CNJ que faz”, disse o advogado, que foi presidente da OAB Mato Grosso do Sul por dois mandatos. Balanço Ao Correio do Estado, ele disse que ficou muito honrado por ter representado a OAB junto ao CNJ neste período de um ano e quatro meses. “Em todo esse período que estivemos no cargo, defendemos os interesses não só da advocacia, mas também de políticas públicas voltadas não só ao Judiciário, mas também à sociedade”, declararam. Ele lembrou que enfrentou questões importantes em relação à igualdade de gênero, equidade racial, sistema prisional, regularização fundiária, regularização documental de populações vulneráveis. “Além disso, enfrentamos também questões que a partir de agora farão parte do dia a dia da advocacia, que é em relação ao juiz de garantia. Enfrentamos também a questão das demandas que antes eram chamadas de predatórias, agora são fraudulentas”, destacou. Mansour Elias Karmouche destacou que estes são temas de extrema importância para o Judiciário que ainda busca meios alternativos de resolução de conflitos. “Acho que tudo o que o CNJ se propôs a fazer, a advocacia será sempre consultada, porque faz parte da administração do Poder Judiciário e, no CNJ, esse papel é de maior importância porque é nesses momentos que a advocacia traduz seu pensamento claro”, argumentou. O ex-presidente da OAB-MS acrescentou que, sim, podemos transformar essas políticas em uma resolução de todas as ideias que são propostas perante o CNJ. “Tenho certeza que foi um momento de extrema importância, de amadurecimento, de reconhecimento da relevância da nossa participação, principalmente no Mato Grosso do Sul, porque representamos o nosso Estado, levamos também a visão da prática jurídica não só no Brasil , mas também especificamente em todos os problemas que enfrentamos no dia a dia como advogado mato-grossense”, analisou. Mansour Elias Karmouche acrescentou que este foi talvez o ponto alto desta participação. “Saímos com o reconhecimento do ministro Barroso com extrema gratificação, gratidão por tudo que passamos durante nossa passagem por lá”, garantiu. Reconhecimento O trabalho do ex-presidente da OAB no Mato Grosso do Sul durante dois mandatos foi reconhecido pelo presidente do colegiado, ministro Luís Roberto Barroso, pelos conselheiros, servidores e demais advogados que acompanham o trabalho do CNJ. “A saída de Vossa Excelência deste Conselho deixa um vazio no coração de todos nós que aprendemos a conviver com a sua simpatia, talento, urbanidade e civilidade, virtudes raras no mundo contemporâneo e que precisamos resgatar”, disse Barroso ao final da última sessão de Mansour Elias Karmouche no plenário do CNJ. “A OAB esteve muito bem representada aqui durante todo esse período. Nos seis meses que estou à frente do Conselho Nacional de Justiça, pude testemunhar o seu empenho, dedicação e o seu acompanhamento atento às sessões. Portanto, tudo o que nos resta é torcer para que a Ordem envie alguém que tenha a mesma qualidade humana e profissional de Vossa Excelência e esperamos que possa brilhar noutros lugares. Muito obrigado por tudo”, finalizou o ministro. Completando 10 anos de serviço à OAB, desde vice-presidência e presidência da OAB-MS e do Conselho Federal, Mansour Elias Karmouche também fez menção a dois homens da Ordem que compareceram no plenário de sua despedida do CNJ, o o ex-vice-presidente da OAB Nacional, Luiz Viana, e o ex-presidente da OAB do Distrito Federal e hoje governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Assine o Correio do Estado
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