Celebrado por chefes de estado em governos anteriores como um bom presidente – com capacidade de falar de igual para igual com colegas em fóruns internacionais – o presidente Lula da Silva perdeu o brilho no 3º mandato, e o Itamaraty tenta apagar incêndios. Como se não bastasse o infeliz discurso comparando o contra-ataque israelense contra o Hamas ao Holocausto (que abalou os acordos bilaterais), Lula tem sido um livro de problemas verbais quando fala. Além da posição duvidosa sobre as eleições suspeitas na Venezuela, é agora a Comissão Europeia quem decidiu dificultar as coisas, pois não vê com bons olhos o Governo brasileiro em várias questões. A UE jogou água fria nos planos de Lula de concluir as negociações para um acordo de livre comércio com o Mercosul. Lula queria anunciar o acordo no G20, em novembro. Mais liderança está por vir: Uruguai e Argentina, parceiros do Mercosul, fecharão relações bilaterais diretamente com a China sem passar pelo bloco sul, já anunciaram na última cimeira.
Tudo indefinido
Apesar de Hugo Motta (Rep-PB) na disputa pela presidência da Câmara, Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA) – este endossado por Arthur Lira – não pararam suas agendas. Ambos garantem que serão candidatos. Filiado a um grande partido de base, com ministérios fortes, Brito tem mais chances de ser plano B.
Redesenhado
Resta dona Janja da Silva, primeira-dama do Brasil, mandar benzer o Palácio da Alvorada e salpicar sal grosso. Ela não quer nada ali que a lembre do casal de inquilinos que precedeu ela e Lula. Janja acaba de trocar todas as cortinas e tapetes do Palácio.
Braço forte?
O Ministério da Integração Nacional venceu a briga com o Exército e assumiu a responsabilidade do reitor e bilionário do programa Calha Norte, que há 40 anos cuida de comunidades isoladas e ribeirinhas da Amazônia Legal. Mas no quartel há quem aposte que nada acontecerá se não houver mão amiga e braço forte da Força.
Ainda maduro
O chanceler do Panamá, Javier Vásquez, visitou Brasília há poucos dias para tratar de Nicolás Maduro. Ele conversou com o chanceler Mauro Vieira. O presidente do país caribenho, José Mulino, pretende realizar uma Cúpula sobre a Venezuela, mas o Brasil resiste.
Você vai subir?
O protocolo Brasil-China para o Desenvolvimento do satélite CBERS-6 foi aprovado na Câmara dos Deputados. O projeto prevê lançar um radar mais potente para monitorar a região amazônica. Mas os dois países não têm os 51 milhões de dólares extras para o satélite…
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