A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou três deputados do PL no âmbito de uma investigação que investiga um esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares enviadas a prefeituras do interior do Maranhão.
Os alvos da acusação de corrupção são os deputados Bosco Costa (PL-SE), Pastor Gil (PL-MA) e Josimar Maranhãozinho (PL-MA). Ao GLOBO, Maranhãozinho disse não ter participação no suposto esquema.
“Estou tranquilo. Não vejo nada que me comprometa nisso. Espero que, após apresentar minhas denúncias, a denúncia nem seja recebida”, disse.
Pastor Gil e Bosco Costa foram contatados, mas ainda não se manifestaram.
A denúncia foi apresentada no mês passado, em inquérito que tramita em sigilo no STF. A acusação foi avançada pelo UOL e confirmada pelo GLOBO. Segundo investigações da Polícia Federal (PF), os deputados teriam usado grupo armado, extorsão e saque em dinheiro para desviar emendas parlamentares destinadas às prefeituras do Maranhão.
Em 2022, os três parlamentares foram alvos de uma operação de busca e apreensão. A medida foi autorizada pelo então ministro Ricardo Lewandowski (hoje ministro da Justiça). Com a aposentadoria do relator no ano passado, o caso passou para Cristiano Zanin.
Segundo a PF, os parlamentares enviaram emendas à prefeitura de São José do Ribamar, no interior do Maranhão, de onde o dinheiro teria sido desviado com ajuda de um agiota.
Como mostrou O GLOBO em março de 2022, chamou a atenção dos investigadores até que o deputado Bosco Costa, apesar de sergipano, destinou uma emenda de R$ 4 milhões à prefeitura de São José de Ribamar. O objetivo era que R$ 1 milhão, equivalente a 25%, fosse devolvido em dinheiro aos parlamentares.
Os investigadores identificaram pelo menos três alvos ligados ao esquema que atuariam como braço armado na extorsão de prefeitos. Um deles, ex-policial militar, chegou a confirmar em depoimento à PF que trabalhava na cobrança de dívidas e que o agiota lhe pedia para ser “duro” na cobrança de dívidas. O caso foi denunciado à PF pelo então prefeito do município de São José de Ribamar (MA), Eudes Sampaio, que disse ter sido alvo de extorsão do grupo. A PF apreendeu documentos e identificou emendas parlamentares no valor de cerca de R$ 5 milhões que teriam sido utilizadas nos desvios.
Em dezembro de 2021, o GLOBO exibiu trechos de vídeos gravados em uma ação controlada da PF em que o deputado Josimar Maranhãozinho entrega uma caixa de dinheiro a um aliado. As imagens foram captadas por meio da Operação Descalabro, dentro de uma segunda investigação em que Maranhãozinho é alvo, também por desvio de recursos públicos.
Nesta investigação, a PF concluiu que Maranhãozinho desviou recursos de emendas parlamentares destinadas às prefeituras maranhenses, por meio de pagamentos a empresas a ele ligadas. Os valores foram sacados em dinheiro e devolvidos ao parlamentar, que também os redistribuiu aos aliados.
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