O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, solicitou manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a competência do Tribunal para analisar denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.
Na semana passada, Lula demitiu Almeida, “considerando a natureza das acusações” e considerando “insustentável manter o ministro no cargo”.
Na última quinta-feira (12), a Polícia Federal (PF) enviou ao STF um relatório preliminar do inquérito aberto para apurar o caso. André Mendonça foi escolhido como relator e, nesta sexta-feira (13), encaminhou o processo à PGR para manifestação.
Como as denúncias tratam do período em que o ex-ministro teve foro privilegiado, a PF pede ao STF que defina se a questão deve ser analisada pela Corte ou por instâncias inferiores da Justiça. O processo corre em segredo de justiça, como é habitual em incidentes que envolvem denúncias de violência sexual, e não há prazo para a decisão do ministro André Mendonça.
As acusações contra Silvio Almeida foram divulgadas pelo portal de notícias Metrópoles na quinta-feira (5) e confirmado pela organização Eu tambémque trabalha para proteger as mulheres vítimas de violência. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu mulheres que alegaram ter sido assediadas sexualmente pelo então ministro.
Importunidade
Entre as vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Apontada como alvo de assédio sexual, a ministra ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso, mas divulgou uma nota nas redes sociais pedindo respeito à sua privacidade e afirmando que é inaceitável relativizar ou minimizar episódios de violência e abuso sexual.
Na terça-feira (10), a PF ouviu uma das mulheres. O depoimento é mantido em sigilo. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para apurar o caso.
Responsável por apurar irregularidades trabalhistas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) também abriu inquérito civil para apurar as recentes denúncias. Segundo o órgão, a Procuradoria Regional do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins (PRT-10) recebeu denúncia anônima contra Silvio Almeida após o caso denunciado pela Metrópoles. Com base na denúncia anônima e na notícia, um Ministério Público do Trabalho decidiu abrir inquérito de ofício, ou seja, independentemente de ter sido provocado por interessado. A medida, por si só, significa que o Ministério Público concluiu que era necessária a apuração dos fatos pelo MPT.
Defesa
Advogado, professor universitário e considerado por muitos referência no debate sobre relações raciais e racismo na estrutura nacional, Silvio Almeida nega as acusações. Em primeira nota divulgada na noite de quinta-feira (5), o ministro chegou a se referir às denúncias como “mentiras” e “conclusões absurdas”, alegando que careciam de materialidade, ou seja, provas objetivas da existência de crime.
Na sexta-feira (6), a defesa do ex-ministro informou que entrou em contato com a Justiça Federal para obter explicações da entidade Eu também. Para substituir Silvio Almeida no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o presidente Lula nomeou o deputado estadual mineiro Macaé Evaristo.
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