Representantes do Povo Tupinambá aderiram à ala do governo que defende que o Manto Tupinambá, vestimenta sagrada da população indígena, seja levado do Rio de Janeiro para a Bahia. O objeto raro e sagrado estava na Dinamarca desde o século XVII e foi doado ao Museu Nacional do Rio como reparação histórica. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na tarde desta quinta-feira, 12, da cerimônia de comemoração da devolução do Manto Tupinambá, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e criticou o Congresso Nacional por derrubar o veto presidencial ao Tese sobre Marco Temporal.
A devolução da peça histórica envolveu uma coordenação entre o Itamaraty, por meio da Embaixada do Brasil na Dinamarca, museus dos dois países e lideranças do povo Tupinambá – e gerou uma disputa entre alas do governo petista, como mostra Coluna do Estadão. O manto retornou do Museu Nacional da Dinamarca, no dia 11 de julho, e está instalado em uma sala da Biblioteca Central do Museu Nacional, na capital fluminense.
Maria Yakuy Tupinambá, idosa da comunidade Tupinambá de Olivença, em Ilhéus (BA), exigiu maior transparência do governo federal e das autoridades envolvidas na negociação e que os povos indígenas sejam ouvidos na definição das políticas de demarcação de terras.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), presente na comemoração desta quinta-feira, é um dos entusiastas para que o manto fique exposto em sua terra original, pelo menos por um período de tempo. A transferência definitiva do Manto Tupinambá para a Bahia é considerada complexa. Isso porque foi acertada a repatriação para o Brasil, selando o Museu Nacional como destino, inclusive considerando sua capacidade de preservação e proteção. Do ponto de vista histórico e cultural, o vestuário tem um valor incalculável e qualquer trânsito pelo país exige uma série de protocolos.
O presidente Lula afirmou que espera que o governador da Bahia se comprometa a construir um local adequado para receber o Manto Tupinambá.
“Se eu tivesse o poder que ela (Maria Yakuy) pensa que tenho, não estaria aqui celebrando Manto. Estaria aqui celebrando a vida de milhões de indígenas que morreram neste país escravizado pelos colonizadores europeus. ) está no Museu Nacional, mas espero que todos entendam que o lugar dele não é aqui peço a compreensão do nosso governador da Bahia, ele me disse que é Tupinambá, tem a obrigação e o compromisso histórico de construir um lugar. na Bahia que possa receber esse Manto e preservá-lo”, afirmou.
Comentários
Lula criticou mais uma vez a decisão do Congresso Nacional de derrubar seu veto à tese do Marco Temporal. Segundo o presidente, “a maioria dos parlamentares não tem compromisso com os povos indígenas”.
“Sou contra a tese do Marco Temporal, fiz questão de vetar esse ataque aos povos indígenas, mas o Congresso Nacional, valendo-se de uma prerrogativa amparada em lei, derrubou meu veto. mudou, sou a favor dos povos indígenas, do seu território e da sua cultura. Quando vetei o Marco Temporal, imaginei que o Congresso não teria coragem de derrubar o meu veto, e o fez, porque a maioria dos parlamentares não tem compromisso com isso. qualquer povo indígena. O compromisso deles é com os grandes agricultores”, disse ele.
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