O desembargador Thales Nogueira Cavalcanti Venâncio Braga, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio, devolveu ao Ministério Público do Rio o inquérito que investiga a prática de “rachadinhas” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL).
Na semana passada, o Ministério Público denunciou sete funcionários do mandato do parlamentar pela prática, mas pediu o arquivamento do inquérito contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) porque “não foi possível identificar qualquer indício de crime, apenas uma infração administrativa”.
“Nesta fase, não é sequer possível julgar se a linha investigativa adotada é correta ou não, sob pena de desvirtuar o princípio acusatório. própria linha investigativa, que deve ser esclarecida para a correta avaliação dos requisitos formulados”, diz trecho da decisão.
Segundo o MP, o esquema no gabinete de Carlos Bolsonaro, que resultou na denúncia contra os sete funcionários, ocorreu entre 2005 e 2021.
O comandante da organização criminosa seria o chefe da Casa Civil Jorge Luiz Fernandes. Ele teria usado sua influência e proximidade com a “família Bolsonaro” para nomear funcionários que repassavam parte de seus salários a Fernandes. No total, R$ 1,7 milhão teria sido desviado pela quadrilha.
Jorge Fernandes também teria criado uma conta bancária para gerir o valor obtido com o esquema. Todos os denunciados eram funcionários de Carlos Bolsonaro em seu gabinete: Juciara da Conceição Raimundo da Cunha, Alexander Florindo Baptista Junior, Thiago Medeiros da Silva, José Francisco dos Santos, Andrea Cristina da Cruz Martins e Regina Célia Sobral Fernandes.
Segundo o site da Câmara, das sete pessoas denunciadas, apenas duas pessoas não trabalham mais no escritório: Andrea Cristina e Juciara da Conceição foram demitidas em 2019.
Os réus que ainda trabalham no escritório são:
Jorge Luiz Fernandes: Chefe de Gabinete desde 2018
Alexander Florindo Baptista Junior: Conselheiro desde 2014
Thiago Medeiros da Silva: Consultor desde 2014
José Francisco dos Santos: Auxiliar de escritório desde 2019
Regina Célia Sobral Fernandes: Diretora de Gabinete desde 2019
Jorge Luiz Fernandes é casado com Regina Célia Sobral Fernandes e cunhado de Carlos Alberto Sobral Franco, que foi designado para o gabinete de Jair Bolsonaro. Antes de ser nomeado para o gabinete de Carlos, o marido de Regina trabalhou como assessor de Jair Bolsonaro, em Brasília.
Procurado, Carlos Bolsonaro ainda não retornou o contato. O GLOBO tenta contato com a defesa dos demais citados.
Ação contra Carlos
O Ministério Público afirma que não encontrou provas suficientes para acusar o vereador Carlos Bolsonaro no esquema de crack que ocorria em seu gabinete.
“Embora haja indícios de que os assessores não estavam cumprindo corretamente sua jornada de trabalho, sem a devida prestação de serviços, não foi possível identificar qualquer indício de crime, apenas infração administrativa, o que torna os fatos atípicos do ponto de vista criminal de vista”, diz trecho da petição que solicitou o arquivamento.
Veja também
Procurar
Datafolha/Caruaru: pesquisa aponta empate técnico entre Rodrigo Pinheiro e Zé Queiroz
STF
STF valida prisão após condenação do júri
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas