entenda julgamento de Clésio Salvaro

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), poderá obter liberdade nesta quinta-feira (12). Ele está preso desde o dia 3, quando foi um dos alvos da Operação Caronte, deflagrada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

Segundo a investigação, o prefeito de Criciúma faz parte de uma organização criminosa que se apoderou dos serviços funerários da cidade por meio de licitações fraudulentas.

O julgamento deveria ter ocorrido dois dias após a prisão, mas acabou sendo adiado devido a um pedido de audiência feito pelo juiz Antônio Zoldan da Veiga.

Entenda o julgamento de Clésio Salvaro

Segundo denúncia do MPSC, mensagens interceptadas pela investigação comprovam que Salvaro fazia parte de um dos grupos envolvidos na fraude da licitação que concedia serviços funerários em Criciúma a um grupo de empresários.

Nesta quinta-feira, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina julga o pedido de liberdade referente à prisão preventiva do prefeito de Criciúma, ação que está na fase anterior à análise da denúncia —que ainda não foi encaminhada ao Judiciário.

Esquema descoberto pela Operação Caronte envolveu empresários e agentes públicos

A investigação do MPSC aponta que o esquema de fraude era formado por dois grupos — um empresarial e outro público — formado por sócios de empresas funerárias, funcionários municipais e políticos. No início de setembro, o prefeito e outras nove pessoas foram presos preventivamente.

Geac e Gaeco apontam que os grupos empresariais Crematório Catarinense e Bom Jesus, Menino Deus e Frasseto Serviços Funerários e Recando da Paz e Criciúma Serviços Funerários, “se uniram” para assumir o Centro de Serviços Funerários do município. Este era o núcleo do negócio.

O núcleo público foi formado pelo prefeito de Criciúma e outros dois protagonistas da fraude: Juliano da Silva Deolindo, advogado da Secretaria Municipal de Assistência Social de Criciúma, e Juliane Abel Barchinski, funcionária da Secretaria Municipal de Assistência Social de Criciúma.

Todos os 21 envolvidos são suspeitos de formação de organização criminosa, fraudes em licitações e contratos, corrupção, crimes contra a ordem econômica e a economia popular envolvendo concessão de serviços funerários na cidade de Criciúma.