Planalto confirma R$ 186,6 bi em recursos públicos e privados para transformação digital Por Estadão Conteúdo

O setor privado anunciará nesta quarta-feira, 11, investimentos que totalizam R$ 85,7 bilhões em ações relacionadas à indústria e à transformação digital entre 2024 e 2035. Os recursos na área somam-se aos R$ 42,2 bilhões já destinados pelo setor público, segundo o governo, e mais R$ 58,7 bilhões que serão destinados a partir de agora.

Os anúncios serão feitos em evento no Palácio do Planalto, com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que antecipou o anúncio em TransmissãoSistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Os números representam R$ 186,6 bilhões em recursos públicos e privados.

Segundo o Palácio do Planalto, o investimento no setor produtivo, que envolve ações de infraestrutura, aquisição de máquinas, P&D, novas plantas e diversificação do parque tecnológico, entre outros projetos, será apresentado por associações representativas de empresas do setor de semicondutores e alta tecnologia – Abinee, Abisemi e R&D Brasil – e pela Amazon (NASDAQ:) Web Services.

“Com isso, o investimento total anunciado pelo setor produtivo desde o início deste ano chega a R$ 580,2 bilhões, envolvendo as indústrias automotiva (R$ 130 bilhões), alimentícia (R$ 120 bilhões), papel e celulose (R$ 105 bilhões), siderurgia (R$ 100 bilhões) e saúde (R$ 39,5 bilhões)”, afirmou o governo.

Na cerimônia, Lula também sancionará a lei que incentiva a produção nacional de semicondutores. Serão R$ 7 bilhões por ano (R$ 21 bilhões até 2026) para estimular investimentos em pesquisa e inovação nas cadeias de chips e eletrônicos, com aplicações voltadas para painéis solares, smartphones, computadores pessoais e outros dispositivos diretamente associados aos chamados indústria 4.0. Os assuntos são tema da Missão 4 da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial lançada pelo governo no início do ano.

A lei cria o programa Brasil Semicon, amplia e ajusta o Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores) e amplia a Lei de TIC (Lei de Informática). Ainda na área de semicondutores, a Finep anunciará a abertura de linhas de crédito no valor de R$ 4,5 bilhões.

Além disso, a previsão é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Finep anunciem o início das operações de transformação digital das micro, pequenas e médias empresas industriais, no âmbito do programa Brasil Mais Produtivo, com recursos iniciais de R$ 160 milhões para as chamadas fábricas inteligentes e outros R$ 400 milhões para planos de digitalização, totalizando R$ 560 milhões.

Os recursos públicos previstos para a Missão 4, entre 2023 e 2026, são provenientes do Plano Mais Produção, do Brasil Mais Produtivo e de outros programas governamentais (Lei TIC, Padis, ações do MCTI).

Segundo o governo, isso inclui também o lançamento das Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD) do BNDES, que agregarão R$ 30 bilhões às ações do banco neste período – considerando o valor máximo permitido de R$ 10 bilhões por ano.