As próximas decisões do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas duas ações que questionam a determinação de Alexandre de Moraes de suspender a rede social X no Brasil devem ser questionadas e ter a palavra final dada pelo plenário virtual da Corte . Essa é a expectativa dos membros do Tribunal.
Nunes Marques deverá decidir individualmente sobre os pedidos do partido Novo e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – provavelmente arquivando as ações. Isso porque os pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Procuradoria-Geral da República (AGU), esperados para os próximos dias, deverão recomendar que os recursos sejam negados provimento.
Com a determinação de Nunes Marques, os autores dos pedidos deverão recorrer mais uma vez, apresentando as chamadas reclamações. Assim, o caminho processual adequado, na opinião de interlocutores do STF, seria a ida ao plenário. Nesse caso, a estimativa é que a plenária escolhida seja virtual – uma forma de agilizar o eventual resultado.
A ação da Novo questiona o bloqueio do próprio X. A proposta da OAB, protocolada nesta terça-feira, contesta a multa de R$ 50 mil que foi estabelecida por Moraes para quem recorrer a “subterfúgios tecnológicos” para continuar acessando a rede social, como usar uma rede privada (VPN, na sigla em inglês).
Nunes Marques deu cinco dias à PGR e à AGU para se manifestarem sobre estas ações. No mesmo despacho, Nunes Marques afirmou que os processos deverão ser analisados pelo plenário da Corte. Segundo o ministro, o tema é “sensível” e causa “repercussões especiais na ordem pública e social”.
“A polêmica constitucional veiculada nesta argumentação é sensível e tem especial repercussão na ordem pública e social, por isso considero pertinente submetê-la à apreciação e pronunciamento do Plenário do Supremo Tribunal Federal”, escreveu o ministro.
Em nota após a divulgação do despacho, os assessores do STF afirmaram que a decisão final será do plenário, mas que não há prazo para essa avaliação e que Nunes Marques pode tomar uma decisão monocrática antes disso.
“É equivocada a interpretação de que será levada diretamente ao plenário e que há prazo para isso. A decisão deve ser lida globalmente, e o que o ministro disse é que no final a decisão final deverá ser tomada pelo colegiado. Isso não impede, porém, que haja uma possível decisão monocrática antecipadamente e que o ministro tenha indicado algum tipo de prazo para isso”, informou o assessor.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio do X no Brasil. Moraes encaminhou sua decisão para referendo, mas escolheu a Primeira Turma, e não o plenário. No colegiado menor, formado por cinco ministros, a determinação foi confirmada por unanimidade.
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