Na noite desta segunda-feira, 9, a Câmara aprovou pedido de urgência do projeto de lei que amplia a isenção de folha de pagamento para empresas e municípios e prevê compensação pela renúncia fiscal deste ano. Houve 293 votos a favor, 118 contra e quatro abstenções, com obstrução da oposição. A proposta agora pode pular a etapa de análise em comissões e ser votada diretamente no plenário, que deve ocorrer a partir desta terça-feira, 10.
A Câmara realiza esta semana o terceiro e último esforço concentrado de votação nas eleições municipais. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), permitiu que as sessões fossem remotas, ou seja, sem presença obrigatória em Brasília. Os deputados, portanto, podem votar por meio de requerimento. O prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para uma solução consensual sobre a isenção termina esta semana.
O Senado aprovou no dia 20 de agosto o projeto de isenção que estende o benefício a 17 setores da economia e municípios de pequeno e médio porte. A proposta prevê um reembolso gradual para empresas e municípios até 2027.
O projeto de isenção também prevê medidas compensatórias que substituirão a perda de R$ 25 bilhões aos cofres da União neste ano. Entre elas: atualização patrimonial no Imposto de Renda; repatriação de bens mantidos no exterior; renegociação de multas aplicadas por agências reguladoras; pente fino no INSS e programas sociais; utilização de depósitos judiciais esquecidos; utilização de recursos esquecidos; e o programa de registro de benefícios fiscais concedidos pelo governo.
No Senado, o relator e líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), disse que as medidas devem gerar entre R$ 25 bilhões e R$ 26 bilhões aos cofres públicos e resolver especificamente o buraco fiscal nas contas de 2024, já que muitos dos estas propostas são limitadas e não terão qualquer efeito nos anos seguintes.
O texto da desoneração da folha de pagamento segue o acordo já firmado com os setores produtivos, que prevê redução gradual de impostos a partir do próximo ano e até 2027. A desoneração fiscal em 2024 substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento por uma imposto de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A partir do ano que vem, os empresários passarão por uma cobrança híbrida, que mesclará parte da contribuição sobre a folha de pagamento com o imposto sobre a receita bruta.
– Em 2025, as empresas pagarão 80% da alíquota de imposto sobre a receita bruta e 25% da alíquota de imposto sobre a folha de pagamento. – Em 2026, as empresas pagarão 60% da alíquota de imposto sobre a receita bruta e 50% da alíquota de imposto sobre folha de pagamento.- Em 2027, as empresas pagarão 40% da alíquota do imposto sobre a receita bruta e 75% da alíquota do imposto sobre a folha de pagamento. – A partir de 2028, as empresas retomarão integralmente o pagamento da alíquota do imposto sobre a folha de pagamento, sem recolhimento sobre a receita bruta.
No parecer final aprovado pelo Senado, o relator reduziu o número de trabalhadores que as empresas terão que se comprometer a manter para se beneficiarem da alíquota do imposto sobre a receita bruta, em vez dos impostos sobre a folha de pagamento.
Em vez de se comprometerem a manter o mesmo número ou aumentar o número de empregados, as empresas serão obrigadas a manter pelo menos 75% de empregados. Isso significa que uma redução de até 25% no número de empregados não significará a perda do direito à isenção para essas empresas.
Na primeira versão do parecer, Jaques havia determinado que o percentual seria de 100%. Posteriormente, reduziu para 90%, mas ainda enfrentou resistência dos senadores.
No caso dos municípios, o texto também estabelece uma “escada”. Este ano, mantém-se a alíquota de 8% previdenciária aprovada no ano passado pelo Congresso. Em 2025, esse imposto será de 12%. Em 2026, 16%. Em 2027, finalmente voltará aos 20%.
Revisão de gastos
O projeto aprovado pelo Senado prevê ainda um endurecimento nas regras de adesão e atualização cadastral do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do seguro de defesa, auxílio pago aos pescadores artesanais durante o período em que estão proibidos de pescar. Ambos os programas são alvos do pente fino do governo federal para aliviar o orçamento de 2025 em R$ 25,9 bilhões.
O relator do Senado também endureceu as regras de revisão de benefícios sociais pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), permitindo um bloqueio cautelar de recursos em caso de fraude. O texto estabelece que, após identificação de indícios de irregularidades na concessão de benefícios administrados pelo INSS, o valor poderá ser bloqueado por ato do Poder Executivo caso o beneficiário não seja informado em até 30 dias após notificação do órgão.
simulador emprestimo pessoal itau
bancoob codigo
quanto tempo demora para o inss aprovar um empréstimo consignado
inss extrato de empréstimo consignado
como fazer empréstimo pelo bolsa família
simulação emprestimo consignado caixa
banco bmg em fortaleza
emprestimo itaú