Na noite deste domingo, 8, a Justiça Eleitoral de São Paulo negou a ação de impugnação da candidatura de Pablo Marçal assinada por uma ala do seu próprio partido, o PRTB, e pelo diretório municipal do PSB, sigla do candidato a prefeito Tabata Amaral .
Os autores solicitaram a suspensão liminar da candidatura do Pablo Marçal com base no estatuto interno do PRTB, alegando descumprimento de regras, como tempo de filiação ao partido e regras para convocação da convenção partidária.
Ao recusar o pedido, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral da capital paulista, deferiu a candidatura do empresário e influenciador.
“Não há como não enaltecer a Justiça Eleitoral, que está atenta à legitimidade e legalidade do pleito”, disse o coordenador jurídico da campanha de Marçal, Paulo Hamilton Siqueira Júnior. Porém, o ex-técnico ainda é alvo de ações na Justiça Eleitoral que podem impedi-lo de concorrer à Prefeitura.
Entenda a ordem
A petição inicial foi registrada por Marcos André de Andrade, secretário-geral do PRTB. Apesar de ser da mesma sigla de Pablo Marçal, Andrade é de ala rival à de Leonardo Avalanche, fiador da candidatura do empresário e influenciador a prefeito da capital paulista.
O secretário argumentou que a convenção do partido que escolheu o ex-técnico como candidato a prefeito foi irregular, por não ter a autorização dele, como exige o estatuto do partido.
Para fundamentar o pedido, Andrade citou artigo do estatuto do PRTB que prevê que, em cidades com mais de 200 mil habitantes, a realização de convenções partidárias deverá passar por “consulta formal e autorização expressa” do diretório nacional do partido, sob pena de “nulidade”. da convenção”.
O secretário expôs ao tribunal conversas de WhatsApp com o Avalanche, demonstrando que não autorizou a reunião para formalizar Marçal como candidato ao Executivo paulista.
Três dias após o pedido inicial, em aditivo à Justiça Eleitoral, Marcos André também registrou que a convenção não foi divulgada em edital de convocação publicado na imprensa local pelo menos cinco dias antes do evento, como prevê o estatuto do PRTB.
O pedido foi assinado pelo PSB, partido que lançou a deputada federal Tabata Amaral como candidata a prefeito de São Paulo. O partido do parlamentar alegou que Marçal não ingressou no PRTB seis meses antes da convenção partidária, conforme estipula o estatuto do partido de Marçal.
Juiz aprova candidatura
Os argumentos da impugnação foram rejeitados pelo juiz Antonio Patiño Zorz. Sobre a convocação da convenção partidária sem aviso prévio na imprensa local, o juiz considerou que a divulgação do evento nas redes sociais do partido atendeu a uma exigência prevista no estatuto do PRTB, segundo a qual a convocação deve ser feita por “verbal , telefone ou por escrito”.
Em relação à autorização do diretório nacional para a realização do evento, o juiz constatou irregularidade. A permissão para a convenção foi assinada por nove líderes nacionais do PRTB; O estatuto do partido, porém, prevê que pelo menos 23 membros, a maioria absoluta do diretório, devem ser signatários de uma decisão deste tipo. Porém, segundo Patiño Zorz, este “vício” deveria ter sido contestado durante a convenção, realizada no dia 4 de agosto, o que não foi feito.
Por fim, sobre o pedido do PSB, referente ao prazo de filiação de seis meses antes da convenção partidária, o desembargador observou que a regra prevista no estatuto do PRTB diz respeito a cargos internos no partido de Marçal, e não a mandatos em eleições. federal, estadual ou municipal.
Outras ações
Com o indeferimento dos pedidos de Marcos André e do PSB paulista, a candidatura de Pablo Marçal foi deferida pela Justiça Eleitoral. No entanto, a candidatura do ex-técnico ainda está ameaçada por dois processos que podem bloquear a sua candidatura
Um dos casos está no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chefiado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. A ação não diz respeito diretamente a Marçal e envolve uma disputa entre Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, fundador do PRTB, e Leonardo Avalanche.
O julgamento desta ação definirá se o comando da sigla permanecerá sob o comando de Avalanche, líder da comissão provisória do PRTB. O veredicto pode ameaçar Marçal, já que Avalanche é o seu fiador político no partido e tomou as decisões que levaram à candidatura.
Outra ação, também registrada pelo PSB de Tabata, refere-se a um concurso de “cortes” promovido por Marçal entre seus seguidores.
O influenciador prometeu ganhos financeiros aos recortes de seus vídeos que obtivessem as melhores métricas de engajamento nas redes, como visualizações, número de curtidas e comentários.
Segundo a ação do PSB, o campeonato teria ocorrido no período de pré-campanha e campanha eleitoral, o que, se comprovado, configura financiamento ilícito e caixa dois.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) chegou a pedir a suspensão imediata da campanha do ex-técnico, mas a Justiça Eleitoral considerou que, até a conclusão das investigações sobre o campeonato dos “cortes”, a candidatura de Pablo Marçal deveria continuar, em paralelo.
Veja também
ELEIÇÕES 2024
Pablo Marçal evita contra-atacar Bolsonaro e cita passagem bíblica
SUPREMO
Grupo de 150 parlamentares entrega pedido de impeachment de Moraes ao presidente do Senado
emprestimos pessoal em curitiba
quem tem bpc pode fazer empréstimo
bancos inss
antecipar decimo terceiro itau
cartao itau inss
emprestimo pessoal 5 mil
empréstimo consignado melhores taxas