Milhares de pessoas participam de protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste sábado (7). O evento, organizado por apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro, busca pressionar o Congresso Nacional a aceitar o pedido de impeachment contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Os deputados federais, que discursaram na abertura do evento, anunciaram que o documento contra o magistrado será protocolado no Senado Federal nesta segunda-feira (9).
Influenciadores, políticos e outras lideranças de Bolsonaro participam do evento, que acontece no dia 7 de setembro, dia em que se comemora a Independência do Brasil.
Eduardo Bolsonaro pede impeachment de Alexandre de Moraes
O filho de Jair Bolsonaro e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL/SP), foi o primeiro a falar no protesto na Avenida Paulista. Em cima de um trio elétrico, o parlamentar pediu “o fim da perseguição política aos inocentes e das prisões políticas” e “anistia para todos os presos políticos”.
A fala se refere aos apoiadores do ex-presidente que foram presos em decorrência dos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, e também em outras investigações, como a que investiga disseminação de notícias falsas e tentativas de golpe de Estado.
“Vamos parar o Congresso Nacional”, diz deputado em protesto na Avenida Paulista
Bia Kicis (PL/DF), deputada federal pelo Distrito Federal, declarou durante a manifestação que o congresso nacional “vai parar” caso o processo de impeachment contra Moraes não seja aceito.
“Vamos obstruir os trabalhos, vamos parar a Câmara dos Deputados e os senadores vão parar também”, disse o parlamentar, caso o processo de impeachment não seja aceito pelo presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD/MG ).
“Não houve tentativa de golpe”, diz Julia Zanatta
A deputada federal, Julia Zanatta (PL/SC), também discursou no evento. A parlamentar disse ao público que lutará “pela anistia aos presos políticos”. Zanatta destacou que não se pode “abolir o Estado de Direito” e que lutará “pela liberdade”.
“Não fui eleito para ser capacho de ministro do STF, que não tem voto popular. Não fui eleito para ‘dar tapinhas nas costas’. Fui eleito para garantir um futuro para as crianças do Brasil”, disse Zanatta. O deputado também declarou que “não houve tentativa de golpe”, referindo-se aos atentados de 8 de janeiro.
O catarinense, que é um dos defensores do impeachment de Alexandre de Moraes, convocou a população e demais parlamentares a se unirem em favor do pedido contra o ministro, que será encaminhado ao congresso nacional.
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