Silvio Almeida passou a mão nas pernas de Anielle Franco

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, compartilhou com colegas do governo Lula detalhes de um episódio de assédio sexual que teria sofrido do ministro Silvio Almeida. Ela afirmou que um dos episódios aconteceu durante reunião oficial em maio de 2023, em Brasília.

Segundo Anielle, o assédio teria ocorrido durante uma reunião sobre combate ao racismo. A reunião foi realizada no dia 16 de maio de 2023, na sede do Ministério da Igualdade Racial.

Estiveram presentes o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o vice-diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Pereira.

Anielle participou de reunião sobre combate ao racismo e sentou-se ao lado de Silvio no dia do incidente – Foto: Thayane Alves/Reprodução/ND

Silvio Almeida teria passado a mão entre as pernas de Anielle Franco por baixo da mesa

Segundo relatos de Anielle Franco a outros ministros, Silvio Almeida passou a mão entre as pernas dela por baixo da mesa durante a reunião. O ministro estava sentado à cabeceira da mesa, ladeado por Silvio Almeida, titular da pasta dos Direitos Humanos, e pelo diretor da Polícia Federal.

Os demais participantes da reunião afirmaram não ter presenciado o momento em que ocorreu o suposto assédio. No entanto, relataram que a ministra Anielle Franco parecia visivelmente incomodada ao final da reunião. As informações são do Portal Metrópoles.

Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida pode ser demitido após julgamento do Conselho de Ética – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/ Reprodução/ ND

Ministro repudiou as acusações: ‘mentiras’

Em nota divulgada na última quinta-feira (5), o ministro Silvio Almeida repudiou as acusações. Ele as classificou como “mentiras” que lhe estão sendo atribuídas.

“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha querida filha de 1 ano”, disse o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

Silvio afirmou ainda que “toda e qualquer denúncia deve ser apurada com todo o rigor da Lei”. Ele afirma que as acusações nada mais são do que “declarações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias e bloquear nosso futuro”.

O ministro disse que encaminhará ofícios à Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República para investigar o caso.