À medida que são afastadas as acusações de assédio sexual contra Silvio Almeida, titular da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania, o ministro isola-se cada vez mais na Esplanada dos Ministérios. Desde ontem à noite, a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), uma das supostas vítimas dos abusos, vem demonstrando cada vez mais apoio.
Da primeira-dama Janja a importantes lideranças femininas e negras na política, como a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) e o senador Paulo Paim (PT-RS), publicações em solidariedade às supostas vítimas que denunciaram os abusos à ONG Me Too Brasil têm se multiplicado.
A Me Too Brasil, que luta contra o abuso de mulheres, divulgou nota nesta quinta-feira, 5, informando que Almeida foi denunciado por assédio sexual. O ministro reagiu dizendo que se tratava de uma acusação sem provas e acionou a Polícia Federal para investigar o caso.
A declaração da entidade foi tornada pública após a publicação da notícia no site Metrópoles. As acusações contra Almeida foram feitas por ex-integrantes do ministério. A Me Too Brasil omitiu o nome dos denunciantes sob o argumento de que era necessário protegê-los, mas garantiu ter o consentimento das vítimas para expor o assunto.
Esta manhã, Janja publicou uma foto no Instagram Stories em que aparece beijando a testa de Anielle. Dentro do gabinete de Silvio, a imagem foi lida como a demissão do ministro. A avaliação é que a publicação não deixa margem para o presidente Lula mantê-lo no cargo.
O mesmo método foi utilizado pela ministra da Mulher, Cida Gonçalves, esta manhã. Ela publicou uma foto de mãos dadas com Anielle, com a seguinte mensagem: “Minha solidariedade e apoio a você @aniellefranco, minha amiga e colega da Esplanada, neste momento difícil”. O departamento chefiado por Cida havia divulgado pouco antes uma nota oficial sobre o caso.
“O Ministério da Mulher reafirma que a prática de qualquer tipo de violência e assédio contra a mulher é inaceitável e não atende aos princípios da Administração Pública Federal e da democracia. É necessário que todas as denúncias sejam investigadas com celeridade, com rigor e perspectiva de gênero , dando o devido crédito às palavras das vítimas, e que os agressores sejam responsabilizados de forma exemplar As denúncias de assédio envolvendo o ministro Silvio Almeida que vieram à tona esta semana são graves e serão investigadas pela Comissão de Ética da Presidência. da República, conforme noticiado pelo Palácio do Planalto”, afirma o comunicado.
Lula, por sua vez, declarou anteriormente em entrevista em Goiânia que “quem pratica assédio não continuará no governo”, mas que é preciso garantir a Almeida o direito à defesa e a presunção de inocência.
“Estou lutando muito contra a violência contra as mulheres, por isso não posso permitir que ocorram assédios. Não creio que seja possível continuar no governo, porque o governo não fará justiça ao seu discurso de defesa das mulheres e dos direitos humanos. direitos com alguém que está sendo acusado de assédio”, disse ele. Ele deve se reunir com os ministros envolvidos ainda esta tarde, ao retornar a Brasília.
Prestigiado líder do movimento negro, o senador Paulo Paim (PT-RS) também se manifestou a favor de Anielle. Ele declarou solidariedade “a todas as mulheres vítimas de violência em nosso país” e mencionou que “uma mulher é vítima de violência a cada 46 minutos no Brasil”, segundo o Atlas da Violência.
“Que o devido processo legal seja aplicado a todos os casos e a presunção de inocência garantida até que a condenação criminal seja alcançada. Todas as formas de violência devem ser punidas, independentemente de quem a pratique! Que as vozes das mulheres sejam ouvidas. Minha solidariedade à ministra Anielle Franco” , publicou Paim.
A Coalizão Negra pelos Direitos, organização que reúne 293 entidades do movimento negro do país, também publicou uma nota em solidariedade a Anielle. A publicação provocou divergências entre os apoiadores do grupo, principalmente pelo fato de Almeida não ter tido oportunidade de provar sua inocência e Anielle não ter comentado o caso. “Os homens negros não têm presunção de inocência, nem mesmo entre nós”, escreveu um usuário. “Qual a intenção desta nota? Tirar a presunção de inocência de um homem negro? Essa não é a maior denúncia da luta antirracista?”, comentou outra mulher. “Você está se posicionando diante do ministro?” respondeu outro usuário.
O Instituto Luiz Gama, por sua vez, que já foi presidido por Almeida, publicou nota afirmando que se tratava de uma tentativa de deposição do ministro. “Se alguém tinha dúvidas, agora não há dúvidas. Existe um movimento organizado através da mentira para derrubar Silvio Almeida e tirá-lo do jogo político”, escreveu a instituição. “Muitas pessoas mesquinhas e racistas não querem um ministro negro”.
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