Alvo de acusações de assédio sexual recebidas pela organização Me Too Brasil, o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) vinha reunindo uma série de informações nas últimas semanas para se defender de uma possível acusação envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Almeida, segundo interlocutores, salvou mensagens trocadas com Anielle, vídeos e solicitou gravações de câmeras de segurança de restaurantes onde esteve com o ministro. Com essa informação, segundo aliados, Almeida pretende mostrar que nunca se comportou de maneira inadequada com Anielle.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o ministro chamou as acusações de “conclusões absurdas” e disse que entrou em contato com a Controladoria-Geral da União, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República para fazer uma investigação criteriosa sobre o assunto. . caso. O caso foi revelado pelo portal Metrópoles.
O ministro também mobilizou o Instituto Luiz Gama, formado por um grupo de juristas, acadêmicos e ativistas que atuam em defesa das causas populares negras e dos direitos humanos, para defender publicamente Almeida no caso. Foi presidente da instituição antes de entrar no governo.
O Palácio do Planalto já está ciente dos movimentos de Almeida. Assessores de Lula avaliam que o ministro se preparou para o momento em que a acusação veio à tona e reuniu uma série de elementos para embasar sua narrativa dos fatos.
Nas palavras de um auxiliar do Palácio do Planalto familiarizado com as discussões, Almeida, se cair, o fará “atirando” e pretende até acusar membros do governo de armá-lo. Membros do governo consideram a situação insustentável.
Lula ligou para Silvio de Almeida para uma conversa na tarde desta sexta. A reunião acontecerá após Lula cumprir sua agenda em Goiânia. O presidente também ouvirá a ministra Anielle Franco.
Ministério aponta ‘interesses adquiridos’ da organização
A estratégia de reação envolveu também uma nota do Ministério dos Direitos Humanos. Assim que o caso veio à tona, o ministério disse que a organização Me Too Brasil demonstrou “interesses adquiridos” em uma licitação do governo federal.
“A organização responsável pela divulgação das supostas denúncias tem um histórico de relacionamento controverso em relação às responsabilidades deste departamento. Diante das informações amplamente compartilhadas, a equipe ministerial verificou uma sequência de fatos que merecem ser esclarecidos, por respeito ao povo brasileiro”, afirma a nota do ministério.
O ministério acusa o Me Too Brasil de ser contra, em 2023, a separação dos serviços “Ligue 180” e “Disque 100”, decorrente da divisão do departamento em relação ao Ministério da Mulher.
Diz ainda que por ser possível participante da licitação para exploração do serviço, não poderia tentar alterar as regras, pois “constituiria conflito de interesses”.
Segundo o ministério, o Me Too Brasil fez nova tentativa “indevida” de interferir na concepção da licitação”. Procurada, a entidade não comentou a denúncia feita pelo ministério.
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