O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, apresentou nesta quinta-feira (5) uma denúncia judicial contra a organização Me Too Brasil, que informou ter recebido denúncias de assédio sexual contra ele. Almeida, que nega as acusações, quer saber quais procedimentos o grupo adotou no caso.
Paralelamente, a defesa do ministro afirmou que não “tomará nenhuma ação de silenciamento” contra as vítimas da violência.
Na quinta-feira, o Me Too Brasil divulgou comunicado afirmando que “recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida”, e que elas “foram atendidas pelos canais de atendimento da entidade e receberam apoio psicológico e jurídico”.
Em nota e vídeo, Almeida negou, disse que se tratava de “conclusões absurdas” e afirmou que entrou em contato com a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério da Justiça e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para fazer uma avaliação cuidadosa. investigação do caso. A Polícia Federal (PF) abrirá uma investigação.
As informações sobre as denúncias foram publicadas inicialmente pelo portal Metrópoles. Segundo o site, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi uma das vítimas e denunciou o episódio a integrantes do governo. Ao ser contatada, ela não se pronunciou.
Na interpelação judicial, apresentada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), os advogados de Almeida pedem que o Me Too Brasil seja intimado para responder onze perguntas.
O ministro quer saber, por exemplo, se a organização “tem competência para investigar fatos relevantes potencialmente capazes de imputar crimes em detrimento de autoridades com função prerrogativa” e “quais procedimentos são adotados pelo Me Too Brasil quando recebe denúncias que atribuem crimes contra pessoas detentoras de prerrogativas de função”.
Em relação às supostas denúncias recebidas, Almeida quer “que sejam apresentados os fatos narrados, deduzindo detalhadamente as circunstâncias que supostamente existiram, relativas a Silvio Almeida”, além de questionar “quais procedimentos foram realizados pela Me Too Brasil em resposta a as reclamações”.
Os advogados de Almeida, João Paulo Boaventura e Thiago Turbay, também divulgaram esta sexta-feira um comunicado afirmando que a ministra “tomará as medidas necessárias para reforçar os mecanismos de proteção e acolhimento das mulheres, especialmente vítimas de violência”.
O texto diz que Almeida “não realizará nenhuma ação para silenciar ou invisibilizar as vítimas de violência, nem desconsiderará seus compromissos de toda a vida com a defesa irrestrita dos Direitos Humanos”.
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