Quem vai e quem não vai ao ato do 7 de Setembro organizado por Bolsonaro?

O evento do dia 7 de setembro na Avenida Paulista, organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contará com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidatos a prefeito de São Paulo e parlamentares do Congresso Nacional. A defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será um dos temas centrais da manifestação.

O ato foi convocado no mês passado, após a publicação de mensagens de assessores de Moraes que mostravam que o ministro utilizava o aparato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fora do tradicional rito de solicitação de serviços, para apoiar decisões contra aliados do ex-presidente . O apelo à ação ganhou mais força na semana passada, após a crise entre o ministro e o bilionário Elon Musk, que culminou na suspensão do X (antigo Twitter) na sexta-feira, 30.

Dois candidatos a prefeito de São Paulo estão confirmados para o evento: Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo). Nunes é o candidato que recebe apoio formal do PL e de Bolsonaro na disputa pelo comando da capital paulista.

Outro candidato a prefeito que recebe apoio de nomes ligados ao ex-presidente é o ex-técnico Pablo Marçal (PRTB). Procurado pelo Estadão, o assessor de Marçal disse que sua presença na manifestação não foi confirmada. Em vídeo publicado na semana passada, Bolsonaro abriu espaço para o ex-técnico participar do evento.

“É um movimento apartidário. E como um candidato a prefeito da capital queria comparecer, nós autorizamos. Assim como qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som também”, afirmou o ex-presidente no vídeo publicado nas redes sociais.

Em fevereiro, na última manifestação convocada por Bolsonaro na Avenida Paulista, participaram quatro governadores: Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União), do Goiás; e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Até o momento, apenas Tarcísio confirmou presença no evento. Caiado já adiantou que não participará, pois está de férias. O Estadão entrou em contato com Mello e Zema, mas não obteve resposta.

Deputados e senadores próximos de Bolsonaro já anunciaram que comparecerão ao evento. Na Câmara, os participantes confirmados são Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Sóstenes é um dos organizadores do evento e disse ao Estadão que as faixas contra Alexandre de Moraes estão “muito abertas” na manifestação.

O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo-PR), um dos principais críticos de Moraes, também confirmou ida ao evento em Paulista.

No Senado, Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE) já estão confirmados. Girão foi um dos primeiros a pedir o ato e lidera um pedido de impeachment de Moraes. O documento deverá ser apresentado oficialmente no Congresso após a manifestação.

Trio elétrico

Segundo Sóstenes, o trio elétrico onde Bolsonaro e seus aliados falarão aos apoiadores estará na mesma posição de fevereiro. Naquela manifestação, que reuniu 600 mil pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o veículo estava na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Ainda segundo o deputado, a lista de discursos e o cronograma da manifestação serão decididos na próxima sexta-feira, dia 6, em reunião entre Bolsonaro e o pastor evangélico Silas Malafaia. O líder religioso foi o organizador do evento de fevereiro na Paulista – e também da manifestação de abril na praia de Copacabana, no Rio.