A conduta de X sobre os investigados por fraude contribuiu para a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio da rede nesta sexta-feira.
Ao longo do despacho, o juiz argumenta que a rede social foi “instrumentalizada” por um grupo e que não agiu para coibir esses comportamentos.
A decisão do ministro está ligada à investigação sobre a participação criminosa e organizada de inúmeras pessoas para ameaçar e coagir delegados federais que atuam ou atuaram nos procedimentos investigativos contra milícias digitais e na tentativa de golpe de Estado.
Foi no âmbito desta investigação que, no início do ano, foi divulgado um vídeo de uma reunião no Palácio do Planalto entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e ministros.
Entre as pessoas que usaram Val.
Outras pessoas, incluindo a adolescente Mariana Volf Eustáquio, e indivíduos como Sandra Mara Pedro Eustáquio e Ed Raposo, estariam supostamente envolvidos na tentativa de coagir agentes da lei.
Moraes cita como exemplo a sua decisão no dia 7 para que X proceda ao bloqueio dos canais/perfis/contas destas pessoas, “bem como de quaisquer grupos que sejam geridos pelos seus utilizadores, incluindo o bloqueio de qualquer monetização em curso relativa aos referidos perfis, e plataformas deverão informar os valores que seriam monetizados e os destinatários dos valores, sob pena de multa diária de R$ 50 mil”.
A OX não realizou os bloqueios, e o ministro narra a série de intimações para que a medida fosse executada – todas sem efeito. Foram essas sucessivas recusas em cumprir decisões judiciais que fizeram Moraes entrar no centro de um embate com Elon Musk, dono da rede social, e o imbróglio jurídico se agravou.
Moraes determinou a suspensão imediata, total e completa do funcionamento da rede social até que todas as ordens judiciais por ele proferidas sejam cumpridas, as multas sejam devidamente pagas e seja designada em juízo um representante de pessoa física ou jurídica em território nacional.
Na decisão, o ministro considerou o “descumprimento reiterado, consciente e voluntário de ordens judiciais e o descumprimento das multas diárias aplicadas, além da tentativa de não submissão ao ordenamento jurídico e ao Judiciário brasileiro, para estabelecer um ambiente de total impunidade e uma “terra sem lei” nas redes sociais brasileiras, inclusive durante as eleições municipais de 2024”.
Na quarta-feira, Moraes convocou o empresário Elon Musk, por meio da própria rede social, para indicar um representante legal após uma série de descumprimentos de decisões judiciais proferidas pelo ministro do STF. A suspensão da rede social é mais um capítulo de uma série de confrontos entre o magistrado e o empresário sul-africano.
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