Depois de mais de um ano e quatro meses após o ataque a uma creche em Blumenau, no Vale do Itajaí, o autor do assassinato de quatro crianças e da agressão a outras cinco foi condenado a 200 anos de prisão, sem direito a recurso. sentença em liberdade.
O julgamento começou às 8h e terminou por volta das 19h. Ao longo do dia foram ouvidas testemunhas de acusação e defesa, além de apresentações dos advogados das partes.
As famílias das vítimas acompanharam de perto todo o julgamento. Durante a resposta dos promotores, foi apresentado o perfil das vítimas, com registros em vídeo e fotos de momentos felizes vividos antes de 5 de abril de 2023. Nesse momento, a sala do júri se encheu de um choro intenso que ecoou por todo o local.
Na leitura da sentença, o autor foi condenado por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado, todos com circunstâncias qualificadoras, o que constitui um motivo torpe, um tanto cruel, um recurso que dificultou a defesa das vítimas e um qualificador específico, uma vez que todos as vítimas tinham menos de 14 anos.
O Conselho de Sentença reconheceu as circunstâncias apresentadas, tendo o homem sido condenado a 220 anos de prisão em regime inicial fechado, sem direito a recurso da pena enquanto estiver em liberdade.
Veja um trecho da leitura da frase completa
Relembre o dia do ataque a uma creche em Blumenau
A manhã do dia 5 de abril de 2023 ficou marcada como um dos dias mais tristes já registrados em Blumenau. Um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, no bairro Velha, e matou quatro crianças e feriu outras cinco durante o ataque. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos.
Com uma machadinha, o homem pulou o muro da instituição de ensino e atingiu as crianças. As quatro vítimas fatais foram confirmadas como mortas dentro da creche. O caso chocante repercutiu em todo o mundo e impactou mudanças nas normas de segurança escolar em Santa Catarina.
A Polícia Civil investigou e identificou o roteiro escrito pelo agressor no dia do ataque à creche de Blumenau. O delegado Rodrigo Raitz relatou que, após sair de casa, por volta das 8h, seguiu em direção a duas escolas da cidade.
Segundo o delegado, o homem confessou que inicialmente pretendia cometer o ataque às duas unidades. Porém, ao chegar ao local, percebeu que não conseguiria pular o muro, pois era muito alto, e por isso desistiu da ideia.
Depois disso, segundo a investigação, ele foi até uma academia de musculação, onde treinou, pagou a mensalidade e saiu por volta das 8h39. Em seguida, seguiu em direção à creche Cantinho Bom Pastor.
Também foi identificado que o homem parou em frente à instituição em uma motocicleta. Ele olhou por cima do muro e, através de imagens de câmeras de segurança, foi possível ver que ele se espreguiçou antes de abrir um baú e pegar a machadinha. Ele então pulou o muro e, 20 segundos depois, voltou pelo mesmo local.
As crianças brincavam no pátio da creche quando foram atacadas. Os alunos participavam de uma conversa sobre a Páscoa quando tudo aconteceu.
Segundo a Polícia Civil, já na parte externa, por nervosismo, o pedal de partida da motocicleta estava quebrado. Momentos depois, o agressor fugiu e dirigiu-se a um posto de gasolina, onde comprou água e um cigarro.
Após passar três minutos no estabelecimento, o homem saiu em direção ao 10º Batalhão da Polícia Militar de Blumenau, a 150 metros do local. Às 9h08, ele se apresentou à polícia como autor do ataque à creche.
“Os policiais, naquele momento, não sabiam a extensão nem exatamente que crime ele cometia. A polícia chegou a questionar por que ele estava se apresentando. ‘Logo vocês saberão, cometi um crime de grande repercussão, matei uma criança e logo vocês saberão por que estou me entregando’, disse o delegado na época.
Em maio, quase um mês após ser preso pelo crime, o homem foi transferido do sistema penitenciário de Blumenau para a Unidade de Segurança Máxima de São Cristóvão do Sul, no Centro-Oeste catarinense.
Nos dias 5 e 6 de outubro de 2023, testemunhas do ataque a uma creche em Blumenau foram ouvidas pela Justiça. No total, 16 pessoas prestaram depoimento. O MPSC solicitou na ocasião a submissão dos acusados ao Tribunal do Júri, o que foi posteriormente acatado.
O NDMais não publicará os nomes do autor e das vítimas do ataque, bem como imagens explícitas do crime. A decisão editorial foi tomada em respeito às famílias e ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), também para não compactuar com o papel dos criminosos.
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