A Polícia Federal (PF) revistou nesta segunda-feira, 26, o apartamento do ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (Agir), em investigação sobre obras e contratos de infraestrutura. Em nota, informou que não teve acesso à decisão judicial que desencadeou a operação.
A polícia também fez buscas na Secretaria das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional e na Agência de Transportes e Obras do Tocantins. O atual governo diz que está cooperando com a investigação.
Os contratos suspeitos, fechados entre 2018 e 2019, totalizam cerca de R$ 10 milhões. Envolvem aluguel de máquinas, compra de combustível e contratação de serviços de manutenção de infraestrutura.
A PF suspeita que as licitações foram fraudadas para direcionar os contratos a empresas específicas e desviar parte dos recursos públicos recebidos sem a prestação integral dos serviços.
A Controladoria-Geral da União (CGU) fez uma análise inicial dos contratos e apontou suspeitas de irregularidades.
A investigação está em andamento na 4ª Vara Federal de Palmas, que autorizou a Operação Timóteo 6:9. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Palmas, Gurupi e Dianópolis.
A Justiça Federal também decretou medidas cautelares, mas a PF não diz quais são. Procurada pelo Estadão, a corporação informou que não divulgará resumo da ofensiva. “O caso ainda está sob investigação e permanece confidencial.”
A operação Timóteo 6:9 é uma referência à passagem bíblica que afirma que “aqueles que querem enriquecer caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulhar na ruína e na destruição”.
O ex-governador do Tocantins renunciou ao cargo em março de 2022, nove meses antes do término do segundo mandato, para escapar do processo de impeachment. Na época, ele estava afastado por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em meio a investigações da Polícia Federal por suposta cobrança de propina de funcionários de operadoras de planos de saúde.
A Operação Timóteo 6:9 é a terceira deflagrada pela Polícia Federal no Tocantins no espaço de seis dias. Na semana passada, a PF lançou duas ofensivas, uma sobre o desvio de recursos para distribuição de cestas básicas durante a pandemia, que atinge o atual governador, Wanderlei Barbosa (Republicanos), e outra envolvendo a suspeita de venda de decisões judiciais na Corte da Justiça Estadual.
COM A PALAVRA, MAURO CARLESSE
“O ex-governador Mauro Carlesse não teve acesso à decisão judicial que desencadeou esta operação, mas soube pela imprensa que se tratava de uma investigação ligada a um processo licitatório iniciado na gestão do ex-governador Marcelo Miranda”.
COM A PALAVRA, O GOVERNO DO TOCANTINS
“A Secretaria de Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional, bem como a Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura informam que colaboram com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão cumpridos na manhã desta segunda-feira, 26, referentes à Operação Timóteo 6:9, que investiga supostas irregularidades em licitações que teriam ocorrido na extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins durante a gestão do ex-governador Mauro Carlesse, entre 2018 e 2019.”
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