O vereador Carlos Bolsonaro (PL), candidato ao sétimo mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, afirmou nas redes sociais que “consideraria Marina Helena (Novo) como possibilidade de voto” na disputa para prefeito de São Paulo. Um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos aproveitou para criticar o candidato do PRTB, Pablo Marçal, e afirmou que o ex-técnico “nunca apresentou nada que pudesse ser considerado de direita”.
O “02” de Bolsonaro se soma ao coro de críticas da zona oeste do clã carioca ao candidato do PRTB em São Paulo. O ex-presidente lançou uma ofensiva contra o ex-técnico nesta quinta-feira, 22.
Bolsonaro compartilhou em seu canal oficial no WhatsApp, que tem 1,2 milhão de seguidores, um vídeo que reúne diversos momentos em que Marçal o critica. Na visão de aliados, a postura do ex-presidente pode indicar maior envolvimento na campanha eleitoral na capital paulista, onde apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A compilação de vídeos mostra Marçal chamando Lula e Bolsonaro de “pêras da mesma pena”, “populistas” e apoiadores de ditadores. O ex-técnico chega a dizer que Lula e Bolsonaro “significam a mesma pessoa” e que a diferença é que falta um dedo a um deles.
Em outros momentos do vídeo, Marçal aparece dizendo que existe um “messias que quer ser responsável por toda a nação e não cuida de nada” e que dois candidatos, referindo-se a Lula e Bolsonaro, vão armar uma gangue no Planalto.
Não é a primeira vez que Carlos se posiciona contra Marçal. No dia 14 de agosto, o vereador carioca criticou o ex-técnico por “cheirar” o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Marçal criticou a repercussão das conversas entre um juiz auxiliar de Moraes e um funcionário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que destacaram o uso da Justiça Eleitoral, fora do rito, para apoiar investigações contra aliados do ex-presidente.
Como mostrou o Estadão, o desempenho de Marçal nas pesquisas e nas redes sociais despertou o medo entre os bolsonaristas de que ele pudesse atrapalhar os planos do grupo para as eleições para o Senado.
A avaliação é que o ex-técnico busca aproveitar a eleição municipal para se qualificar como candidato a uma das duas vagas que estarão em disputa em 2026. A aliados, Marçal tem dito que seu foco é o Executivo e que não quero ser senador.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também atacou Marçal nesta semana depois que ele cancelou uma entrevista com o comunicador Paulo Figueiredo, chamando-o de “arregão”.
O filho do ex-presidente também gravou uma série de vídeos ao lado de Nunes, com o objetivo de reforçar que o emedebista é o candidato da família Bolsonaro e compartilha dos valores do bolsonarismo.
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