Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira a apreensão do celular e a quebra de sigilo telemático, telefônico, bancário e fiscal de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do magistrado alvo de investigação sobre mensagens vazadas em que ele e outros auxiliares tratam, oficiosamente, de pedidos de produção de relatórios da Justiça Eleitoral para respaldar decisões de Moraes contra apoiadores de Bolsonaro, publicada pela Folha de São Paulo.
A decisão de Moraes atende a um pedido apresentado pela Polícia Federal e que recebeu parecer favorável do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Essas medidas foram determinadas após Tagliaferro negar, em depoimento anterior à PF paulista, ter sido o autor do vazamento das conversas publicadas pelo jornal.
Na decisão, Moraes disse que era necessário promover investigações adicionais para apurar o vazamento de informações e que o fato do ex-assessor não ter permitido voluntariamente o acesso da polícia ao seu celular justificaria as medidas cautelares.
“Assim, nos casos em questão, os requisitos são integralmente atendidos, pois evidencia claramente a necessidade de medida de busca pessoal para apurar o vazamento de informações e documentos confidenciais, com o objetivo de imputar e/ou insinuar a prática de atos ilícitos por membros deste Supremo Tribunal Federal”, disse o juiz, no despacho.
Mais cedo, o advogado Eduardo Kuntz, que representa Tagliaferro, também havia dito que confirmou em depoimento à PF nesta quinta-feira o conteúdo das mensagens noticiadas pelo jornal.
Tagliaferro chefiava um órgão do TSE de combate à desinformação na época em que Moraes presidia a Justiça Eleitoral. Ele deixou o cargo no ano passado após ser preso em um episódio de violência doméstica e tiroteio, segundo relatos da época.
Moraes ordenou a abertura de inquérito para apurar o possível vazamento dessas mensagens, segundo fonte do STF, acrescentando que a investigação está sendo realizada sob sigilo.
A fonte do Supremo informou que Moraes decidiu abrir esta investigação para apurar o vazamento de mensagens que, em tese, pretendiam obstruir o trabalho da Justiça.
Procurada para pedido de comentários, a assessoria de imprensa do STF disse que não comentaria por enquanto.
Na semana passada, o próprio magistrado, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, outros ministros e o procurador-geral da República defenderam o papel de Moraes na condução das investigações após a revelação das mensagens pela Folha.
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