Escolhidos como relatores das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que limitam o poder do Supremo Tribunal Federal (STF), os deputados Filipe Barros (PL-PR) e Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PL-SP) integram a tropa de choque do bolsonarismo no Congresso. Os dois parlamentares são investigados pela Corte no inquérito das fake news, denunciado pelo ministro Alexandre de Moraes, e são conhecidos por criticar e atacar o Supremo.
Barros tornou-se líder da oposição na Câmara em abril, quando o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), também apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou o cargo para se dedicar às eleições municipais. A escolha de seu nome para o cargo manteve o perfil bolsonarista da oposição na Câmara.
Em 2020, segundo ano do governo Bolsonaro, um relatório da Polícia Federal identificou Barros e o blogueiro Allan dos Santos como “influenciadores” de publicações que insultavam e ameaçavam o STF. A investigação fazia parte do inquérito das fake news. Em resposta a um relatório de EstadãoNa época, Barros criticou o Supremo.
“Aparentemente, o que o STF quer com essas hostilidades contra os apoiadores do presidente Bolsonaro nas redes sociais, os deputados federais e as Forças Armadas, é provocar uma ruptura institucional e depois acusar a direita de ser antidemocrática, abrindo caminho para a volta ao poder do PT e PSDB, partidos responsáveis pela indicação da maior parte dos atuais membros do STF”, disse o deputado ao jornal.
Em 2021, Barros foi relator da PEC do voto impresso, uma das primeiras tentativas do governo Bolsonaro de desacreditar o sistema eleitoral do país. A proposta, que previa a impressão de comprovantes de votos, foi derrotada no plenário da Câmara naquele ano. Ministros do STF chegaram a ir a campo em articulação contra a PEC.
Foi Barros quem pediu ao hacker Marcos Roberto Correia da Silva que gravasse um vídeo, em 2021, afirmando que conseguiria “invadir o sistema eleitoral” e “manipular tudo”. A gravação foi feita dentro do presídio onde o cibercriminoso cumpria prisão preventiva, no período em que foi discutida a PEC do voto impresso.
Barros foi escolhido para reportar a PEC que limita as decisões monocráticas dos ministros do Supremo. A decisão foi tomada pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputada Bolsonaro Caroline de Toni (PL-SC). A proposta, aprovada em novembro no Senado, estava na gaveta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que decidiu avançar com o texto na semana passada, após o ministro Flávio Dino, do STF, suspender todas as alterações obrigatórias.
“Não é retaliação e não vou tratar dessa forma”, disse Barros nesta quinta-feira, 22, ao Coluna do Estadãosobre a sua escolha como relator da proposta. A CCJ analisa a admissibilidade constitucional das PECs, mas o mérito é votado no plenário. Geralmente esse tipo de proposta também passa por uma comissão especial.
Orleans e Bragança, por sua vez, participaram de manifestação na Avenida Paulista em junho pedindo o impeachment de Alexandre de Moraes. Ele faz parte da organização de um novo protesto contra o ministro, que deve acontecer no dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. O parlamentar reportará à CCJ a PEC que permite ao Congresso suspender decisões do Supremo por votação de dois terços da Câmara e do Senado.
“O ministro Alexandre de Moraes encarna muitas das coisas erradas que acontecem no STF e por causa do STF, pelo poder que o STF deu aos seus ministros e como esse poder foi usado pelo ministro Alexandre de Moraes”, disse o deputado do PL de São Paulo, em entrevista ao site O Antagonista nesta quarta-feira, 21. “Precisamos de uma reforma do Judiciário. Todo o Poder precisa ser reformado”, emendou.
A avaliação dos líderes partidários é que as PECs não devem chegar ao plenário no curto prazo, devido ao acordo que foi feito entre os Três Poderes para manutenção das emendas parlamentares. Os recursos, porém, continuam suspensos, e o Congresso tem dez dias para apresentar proposta que dê transparência e rastreabilidade aos repasses.
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