Embora os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2023 mostrem avanços na educação básica, a maioria dos Estados não atingiu as metas nacionais para o período.
O Brasil como um todo só atingiu a meta nos anos iniciais (1º ao 5º ano). Embora cada estado tenha a sua meta, é útil compará-las todas com a meta nacional para ter uma ideia de quão longe estão de alcançá-la.
Leia abaixo quais Unidades da Federação tiveram melhor desempenho em cada uma das etapas avaliadas pelo índice.
Anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano)
É a etapa em que mais unidades da Federação atingiram a meta nacional estabelecida para 2023. Foram 11 que tiveram pontuação igual ou superior à meta de 6 pontos. Comparando toda a série do Ideb desde 2005, os maiores avanços foram em Alagoas e no Ceará.
Hoje, Paraná e Ceará lideram o ranking nacional. No topo estão Amapá e Pará.
O índice permite medir os resultados das políticas educacionais de alguns partidos no longo prazo. De 2005 a 2023, São Paulo foi governado, na maior parte do tempo, pelo PSDB. O Estado teve uma das menores melhorias no Ideb nos anos iniciais do período: aumento de 1,8 pontos na pontuação. Mesmo com o avanço discreto, partiu de uma base superior às demais, e ocupa a 3ª colocação no ranking.
A Bahia, governada pelo PT durante a maior parte deste período, teve um aumento de 2,6 pontos. O aumento foi insuficiente para tirá-la de uma das piores posições do ranking. O Estado tem a 3ª pior pontuação, empatado com o Rio Grande do Norte.
Anos finais (6º ao 9º ano)
Apenas 3 unidades da Federação atingiram a meta nacional de nota 5,5 estabelecida para 2023: Paraná, Ceará e Goiás.
Os maiores avanços desde 2005 vieram de Alagoas (2,6 pontos) e Ceará (2,4 pontos).
Na última posição do ranking estão Rio Grande do Norte e Bahia, que perderam 0,3 ponto em relação ao Ideb 2021.
Foram 13 unidades da Federação que tiveram sua pontuação declinada em relação ao índice anterior. São eles: São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Sergipe, Roraima, Bahia e Rio Grande do Norte.
Ensino médio
Nenhum estado atingiu a meta nacional de pontuação 5,2 para esta etapa do ensino. Os que mais se aproximaram foram Paraná (4,9), Goiás (4,8) e Espírito Santo (4,8).
O ensino médio apresenta os piores indicadores educacionais do Brasil.
Apesar dos números ruins em todo o país, o Pará se destacou na edição de 2023. O Estado passou de nota 3,2 para 4,4 no Ideb em apenas 2 anos. A rede estadual, e não a rede privada, foi a que mais impulsionou o rápido avanço do Estado.
Do lado negativo, Roraima está na última posição com 3,5 pontos. É 0,4 a menos do que havia alcançado em 2021. Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro ocupam o penúltimo lugar, com 3,7.
Igeb – o índice composto do Ideb
A RC Consultores, de Paulo Rabello de Castro, criou um índice que reúne todos os anos avaliados pelo Ideb em uma pontuação ponderada. É o Igeb (Índice Geral da Educação Básica).
O índice atribui um peso de 2,5 aos anos iniciais do ensino primário, 2,0 aos anos finais e 1,5 ao ensino secundário.
A métrica permite ter uma visão rápida da educação em cada estado.
Um Estado teria que pontuar 5,6 em 2023 para superar a meta nacional do Igeb (uma média ponderada das metas do Ideb).
Foram 5 que alcançaram essa pontuação: Paraná, Ceará, Goiás, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.
Os estados do Norte e Nordeste ocupam 9 das últimas 10 posições.
Abaixo estão os Estados que se destacaram em termos de evolução desde 2005 no ranking do Igeb:
Entre os que se destacaram negativamente, perdendo mais posições no ranking, estão Rio de Janeiro (8ª posição em 2005 para 15ª em 2023) e Rio Grande do Sul (que saltou da 6ª para a 12ª posição).
O São Paulo, que liderou o Igeb por muitos anos, caiu nestes últimos resultados para o 4º lugar.
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