Nesta semana, senadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediram a destituição de Alexandre de Moraes. Se aprovado, este seria o primeiro impeachment de um ministro do STF na história do país.
A motivação é a suposta realização de investigações oficiosas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra apoiadores de Bolsonaro. O pedido de impeachment de um ministro do STF segue procedimento semelhante ao processo de destituição de presidentes da República.
A diferença está apenas em quem inicia o procedimento. Enquanto o impeachment presidencial depende da aprovação do líder da Câmara dos Deputados, o processo contra um ministro do STF deve ser autorizado pelo presidente do Senado, atualmente Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Quantos votos são necessários?
O impeachment de ministro do STF é regulamentado pela Lei 1.079/1950. A legislação estabelece que qualquer cidadão pode apresentar reclamação, desde que acompanhada de provas ou assinaturas de testemunhas.
Caso o presidente do Senado aceite o pedido, será formada uma Comissão Especial de 21 senadores para analisar a denúncia e apresentar parecer no prazo de dez dias. O parecer será levado ao plenário para votação, onde é necessária maioria simples de votos, ou seja, no mínimo 21 senadores.
Quais os passos para pedir impeachment de ministro do STF?
1. Quem pode apresentar reclamação?
Qualquer cidadão. Devem ser apresentados documentos comprovativos ou pelo menos cinco assinaturas de testemunhas. Os documentos serão enviados ao Senado, onde será decidido se arquivará ou dará continuidade à denúncia.
2. Comissão Especial
Após a aceitação do pedido de impeachment pelo Presidente do Senado, será instalada uma Comissão Especial composta por 21 Senadores. O parecer deverá ser emitido em até 10 dias para ser apresentado ao Plenário do Senado.
3. Plenário
Será julgado o parecer da Comissão Especial. O impeachment de um ministro do STF ocorre por maioria simples de votos (mínimo de 21 senadores).
4. Relatado
O acusado terá acesso a todas as cópias dos documentos no prazo de 10 dias para responder às acusações. A pessoa denunciada terá até 60 dias adicionais para responder, caso esteja fora do país ou não possa ser localizada.
5. Comissão (segunda fase)
Define se a acusação é válida ou não. Você terá mais 10 dias após o término do prazo para que o acusado responda para definir a origem da acusação.
6. Plenário (segunda votação)
Votação de novo parecer por maioria simples de votos para aprovação (mínimo de 21 Senadores).
7. Decisão (Senado)
Se a reclamação for julgada procedente, o Conselho do Senado deverá:
- Informar o STF, o Presidente da República, o denunciante e o acusado;
- Suspender o arguido do cargo até que seja tomada a decisão final;
- Aplicar eventual perda de um terço dos salários.
8. STF (Supremo Tribunal Federal)
Com o fim do processo no Congresso, o julgamento está marcado para o Senado. As partes envolvidas deverão ser notificadas em até 48 horas.
Além dos acusados, estarão presentes o presidente do STF, o denunciante e testemunhas. O prazo para julgamento será de 10 dias e deverá haver quórum suficiente para abertura da sessão.
9. Senado (votação final)
Após o julgamento, outra sessão é realizada no Senado. O arguido deve responder à pergunta: “O arguido cometeu o crime de que é acusado e deve ser condenado à perda do cargo?” Serão necessários 2/3 dos votos dos senadores presentes para dar continuidade ao julgamento.
Se a maioria das respostas for positiva, os senadores deverão votar pela inabilitação do serviço público por até cinco anos.
10. Decisão Final
Se o impeachment for aprovado, o acusado é imediatamente destituído do cargo.
simulação de emprestimo bradesco consignado
simular empréstimo consignado banco do brasil
taxa de juros de emprestimo
taxa de empréstimo itau
o que é refinanciamento de empréstimo consignado
como funciona o emprestimo do bolsa familia
menor taxa de juros emprestimo consignado
quando vai ser liberado o empréstimo do auxílio brasil